Governo dos EUA desbloqueia venda de caças F-35 para os Emirados
Washington, 14 Abr 2021 (AFP) - O governo de Joe Biden decidiu desbloquear a venda de aviões de combate F-35 aos Emirados Árabes Unidos, decidida por seu antecessor, Donald Trump, apesar da oposição dos parlamentares democratas, disse nesta quarta-feira (14) um alto funcionário americano.
A venda, aprovada nas últimas semanas do mandato de Trump depois que os Emirados aceitou normalizar as relações com Israel, inclui 50 caças F-35, 18 drones armados MQ-9 e mísseis ar-ar e ar-terra no valor de 23 bilhões de dólares.
O acordo causou grande alvoroço entre os democratas, que tentaram sem sucesso bloqueá-lo mediante uma votação no Congresso, e o governo Biden anunciou no fim de janeiro que estava "revisando" o acordo.
Uma organização americana, a New York Center for Foreign Policy Affairs (NYCFPA) (NYCFPA), recorreu aos tribunais temendo que o armamento possa ser usado contra a população civil na Líbia e no Iêmen.
"Não fazemos comentários sobre litígios pendentes, mas posso confirmar que o governo tem a intenção de seguir adiante com estas vendas propostas aos Emirados Árabes Unidos", disse à AFP um funcionário do Departamento de Estado, que pediu o anonimato.
"No entanto, continuamos revisando os detalhes e mantemos consultas com funcionários dos Emirados para chegar a um entendimento mútuo sobre as obrigações dos emiradenses antes, durante e depois da entrega", acrescentou.
O funcionário destacou que as armas seriam entregues em vários anos, o que deixará a Washington a possibilidade de mudar de opinião e bloquear o acordo.
Os Emirados Árabes Unidos, juntamente com a Arábia Saudita, fazem parte de uma coalizão militar que apoia o governo iemenita em conflito com os rebeldes huthis apoiados pelo Irã. Na Líbia, os Emirados apoiam o homem forte do leste do país, Khalifa Haftar, adversário do governo.
sl/iba/gma/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.