Paraguai espera completar vacinação dos profissionais da saúde nesta semana
"Esperamos terminar (a vacinação) de todos os profissionais da saúde esta semana", disse o ministro da Saúde, Julio Borba, nesta terça-feira, durante inauguração de um hospital no departamento de Central.
Borba lembrou que o cadastramento e agendamento dos idosos já estão sendo realizados, cuja vacinação começou no último sábado em hospitais e asilos, e será estendida nos próximos dias aos demais idosos.
O ritmo lento da vacinação no Paraguai corresponde às dificuldades que o país enfrenta para ter acesso às doses da vacina.
Também presente na inauguração, o presidente Mario Abdo Benítez afirmou que vem conversando diariamente com a plataforma Covax para obtenção de novas remessas, parte das 4,3 milhões de doses produzidas pela farmacêutica AstraZeneca adquiridas por meio desse mecanismo multilateral.
Até o momento, o Paraguai recebeu apenas 36 mil dessas vacinas e espera que mais 160 mil cheguem este mês.
Abdo Benítez lembrou que também estão aguardando outras vacinas através de compras ou doações de outros países.
"Estamos assinando nos próximos dias o contrato para as seguintes vacinas da Índia (Covaxin), que são 100 mil por meio de cooperação e dois milhões compradas", disse o presidente.
Até o momento, o Paraguai recebeu 100 mil doses da vacina indiana como forma de cooperação.
O país sul-americano também está fechando com o Catar a compra de 400 mil doses da vacina fabricada pela americana Moderna, além de uma doação no mesmo montante por parte do emirado.
"Há uma expectativa de que no final de abril chegue um grande volume. Esse é o compromisso que temos", frisou o presidente, ao adiantar a chegada da vacina Sputnik V, comprada da Rússia, mas sem especificar a quantidade e a data.
Além do desconforto gerado pelos atrasos na chegada das vacinas, em especial as adquiridas através da Covax, as autoridades sanitárias do Paraguai também não escondem a preocupação com o aumento dos casos.
No último relatório do Ministério da Saúde, foram registrados 2.250 casos novos, com 2.884 pessoas hospitalizadas, das quais 446 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Além disso, 62 pessoas morreram, deixando um total de 4.889 vítimas desde março de 2020.
O diretor da XI Região de Saúde, Roque Silva, disse durante a inauguração do hospital que existe um "grande quantidade de casos" com uma "elevada taxa de infecções".
"Esses números nos acompanharão por mais algumas semanas e estamos sobrecarregados com o número de casos", disse Silva.
Diante desses fatos, ele apelou para a "consciência das pessoas" e reconheceu que "a situação pode explodir".
A precariedade do sistema público de saúde já foi evidenciada nos protestos de cidadãos ocorridos no mês passado em Assunção, onde exigiram a renúncia de Abdo Benítez por causa de sua gestão da pandemia.
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