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Campânia rejeita regra 'estúpida' de vacinação do governo Draghi

12/04/2021 16h54

BENEVENTO, 12 ABR (ANSA) - O governador da Campânia, Vincenzo De Luca, afirmou nesta segunda-feira (12) que não acatará a recomendação "estúpida" do governo nacional de dar prioridade à vacinação anti-Covid de idosos e, em vez disso, se concentrará nos trabalhadores na tentativa de proteger a economia da região.   

Segundo o político, uma vez que os idosos com mais de 80 anos e as pessoas com problemas graves de saúde estejam completamente imunizados, a Campânia não tem a intenção de prosseguir a vacinação com relação à faixa etária.   

"Vamos dedicar a estrutura pública ao atendimento de frágeis e idosos, mas também trabalharemos nos setores econômicos porque se decidirmos avançar apenar por faixas etárias, quando terminarmos as faixas, a economia italiana estará morta", explicou De Luca.   

Em entrevista no Benevento, o governador enfatizou que "a Campânia era uma das regiões mais rigorosas da Itália, mas uma coisa é rigor e outra é estupidez".   

A declaração do italiano faz referência à determinação do comissário extraordinário para a pandemia no país, Francesco Figliuolo, anunciada na última sexta-feira (9), após apelo do primeiro-ministro Mario Draghi. Na ocasião, foi ordenado que as regiões dessem prioridade para a vacinação de pessoas com mais de 70 e 80 anos, com problemas de saúde grave, além de evitar jovens nas filas.   

Em resposta ao governador, Figliuolo pediu para De Luca reconsiderar a decisão, mas não revelou se haverá punição para quem recusar as medidas em âmbito nacional.   

"A campanha de vacinação deve continuar de forma uniforme em nível nacional, sem exceções aos princípios que a regulam", diz.   

Para o comissário, "o objetivo é garantir a segurança das pessoas frágeis e dos grupos de maior idade, que são os mais vulneráveis à infecção". "Quanto mais rápido terminar esta fase, mais cedo será possível vacinar as categorias produtivas".   

O novo embate com a Campânia, terceira região mais populosa da Itália, é mais um envolvendo o governo nacional, que frequentemente entra em conflito com governadores dos 20 territórios do país por causa da gestão da pandemia. (ANSA)
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