Ex-comissário italiano é investigado em caso de máscaras
A denúncia foi revelada neste domingo (11) pelo jornal italiano "La Verità", que informa que o ex-CEO da Ivitalia, agência italiana de atração de investimentos, teria sido inscrito no registro de suspeitos por peculato.
Durante a primeira fase da pandemia, o fornecimento das máscaras contra o novo coronavírus era feito pela China, já que a Itália não tinha uma indústria capaz de produzir uma grande quantidade do equipamento de proteção para atender a demanda.
Na ocasião, em 24 de fevereiro de 2020, chegou na Itália uma remessa com algumas máscaras sem certificação. O lote, porém, foi confiscado.
Segundo a reportagem, o ex-comissário está sob investigação por peculato, apropriação indébita de funcionária público, juntamente com seu ex-colaborador Antonio Fabbrocini.
A investigação é coordenada pelo procurador-geral Michele Prestipino e refere-se ao fornecimento de 801 milhões de máscaras que a Itália adquiriu da China pelo valor de 1,25 bilhão de euros.
De acordo com relatos, sete pessoas estão sob investigação por crimes que vão desde o tráfico de influências ilícitas ao recebimento de bens roubados e lavagem de dinheiro.
Pelo menos quatro empresas são investigadas, e entre os suspeitos aparece o ex-jornalista da Rai, Mario Benotti, que teria aproveitado de sua relação com Arcuri para fazer uma mediação ilícita. Arcuri foi demitido em março pelo primeiro-ministro Mario Draghi em meio às críticas pelos partidos especialmente pela lentidão na compra e distribuição de máscaras, equipamentos de proteção e vacinas e pela concentração de poderes em suas mãos.
Em sua defesa, o italiano afirmou que não tem informações sobre a denúncia anunciada pelo jornal, mas disse que continuará a colaborar com as autoridades do país e, se precisar, fornecerá todos os detalhes úteis para a condução das investigações.
(ANSA)
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