Apoiadores de Bolsonaro vão às ruas contra proibição de missas e cultos
Nas redes sociais, as manifestações foram chamadas de Marcha da Família Cristã pela Liberdade. O nome ecoa a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, movimento ocorrido em março e abril de 1964 contra o governo de João Goulart e a favor da ditadura militar. Um site de convocação para os protestos deste domingo utilizava uma imagem das marchas de 1964 e explicava que o objetivo era fazer "uma releitura do grandioso e importante evento popular que marcou a história do Brasil".
De acordo com registros dos atos nas redes sociais, em Brasília, um cartaz dizia que o povo e as Forças Armadas "salvaram a nação contra o comunismo" em 1964. Na capital paulista, a concentração na Avenida Paulista tocou a música "Eu te amo, meu Brasil", popular durante a ditadura militar. Em Belo Horizonte, o jornal O Estado de Minas informou que o movimento pedia "uma nova Constituição que criminalize o comunismo" e intervenção das Forças Armadas.
O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), da base de apoio do Bolsonaro, publicou fotos da manifestação realizada em Niterói. As imagens mostram dezenas de pessoas. O parlamentar posou para selfies com apoiadores, sem máscara. Os participantes usavam camisas do Brasil e levavam bandeiras nacionais.
Marcha da Família
Manifestantes pediram intervenção militar e liberdade ao deputado Daniel Silveira, atualmente em prisão domiciliar Foto: Saulo Angelo / Futura Press
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu aval para que prefeitos e governadores proíbam missas e cultos presenciais durante a pandemia. Os ministros lembraram que medidas de isolamento social são importantes ferramentas de combate à covid-19.
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