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Defesa usou foto nua de ex-namorada de Jairinho para constrangê-la, diz TV

Jairinho está preso no Rio - 8.abr.2021 - Vitor Brugger/Estadão Conteúdo
Jairinho está preso no Rio Imagem: 8.abr.2021 - Vitor Brugger/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/04/2021 10h48Atualizada em 10/04/2021 14h06

A defesa do vereador carioca Jairinho divulgou fotos íntimas de uma ex-namorada do parlamentar com o objetivo de constranger e desmerecer seu testemunho, segundo a TV Globo. Ela havia prestado depoimento dizendo que sua filha foi agredida por Jairinho.

Em uma imagem em que a ex-namorada aparece nua, uma frase atribuída a ela indica que o parlamentar teria pago uma cirurgia estética para a mulher.

namorada - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Imagem: Reprodução/TV Globo

De acordo com a emissora de televisão, a defesa de Jairinho também compartilhou vídeos em que funcionários dele tentam desqualificar a ex-namorada do parlamentar.

Procurada pelo UOL, a defesa de Dr. Jairinho disse desconhecer as informações e afirmou que "Não foi divulgada qualquer foto nua".

"Posso assegurar que jamais em qualquer petição nossa, jamais utilizamos essas fotos. Chegamos a utilizar prints, conversas, vídeos de testemunhas. As ameaças a ex-esposa, que prestou depoimento ontem e a mãe do primeiro filho dele, que encaminharam mensagens de Facebook monstrando isso [ameaças]", afirmou o advogado André França Barreto.

Jairinho foi preso na quinta-feira (8) com a atual namorada, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, em decorrência da investigação em que é suspeito da autoria da morte da criança. Ele tentou se beneficiar da sua influência política para atrapalhar as investigações, segundo a Polícia Civil.

Delegado critica conduta da defesa

Em entrevista à CNN neste sábado (10), o delegado Antenor Lopes Martins, diretor da Polícia Civil do Rio, criticou os advogados da defesa por supostamente vazarem a foto da testemunha.

"Ontem foi relatado por colegas seus que a defesa utilizou fotos de uma testemunha nua, mandou isso para jornalistas, com o objetivo de desqualificá-la como mulher, como pessoa, como ser humano. Isso me parece uma atitude absolutamente inaceitável", afirmou Martins.

O delegado refutou críticas dos advogados à atuação da Polícia Civil. Ele afirmou que a investigação reuniu provas de que o caso não foi um acidente doméstico, mas um homicídio duplamente qualificado.

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