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Mandetta aprova CPI da covid no Senado e critica 'decisões equivocadas'

Segundo Mandetta, a CPI será útil para chegar com uma resposta para a sociedade, apontando caminhos de como melhorar a gestão da pandemia  - Reprodução/vídeo
Segundo Mandetta, a CPI será útil para chegar com uma resposta para a sociedade, apontando caminhos de como melhorar a gestão da pandemia Imagem: Reprodução/vídeo
do UOL

Colaboração para o UOL

09/04/2021 21h07

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse hoje que vê a CPI da covid, determinada ontem (08) pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, com "bons olhos."

"Seria natural que o presidente do Senado instaurasse em algum momento. A crise da pandemia teria que ser analisada em algum momento. Acredito que eles (senadores) vão fazer o papel que cabe a eles," afirmou Mandetta, em entrevista à CNN.

Segundo Mandetta, a CPI será útil para chegar com uma resposta para a sociedade, apontando caminhos de como melhorar a gestão da pandemia que, segundo ele, teve muitas "decisões equivocadas."

"Precisa entender por que não tomamos algumas decisões de forma coletiva. A CPI vai acabar desnudando o nosso comportamento como sociedade, como a indução de fake news. Não tinha por que termos tomado decisões tão equivocadas como foram tomadas nessa pandemia."

"Tem vários atores nesse processo que poderiam ter ajudado para que a gente tivesse uma resposta melhor, desde o Legislativo até o Executivo, com estados e municípios também. Nós ainda temos um caminho muito longo para termos um controle eficaz dessa doença", completa.

CPI da covid

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso determinou ontem que seja aberta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para apurar as ações do governo federal na pandemia de covid-19. Barroso concedeu uma decisão liminar sobre um mandado de segurança apresentado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Na sua justificativa para tomar a decisão liminar antes da análise no plenário, Barroso lembrou o momento de avanço do coronavírus no país, com a pandemia "em seu pior momento, batendo lamentáveis recordes de mortes diárias e de casos de infecção".

A determinação de Barroso foi comunicada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que terá a responsabilidade de instaurar a comissão. Pacheco afirmou ser contra a CPI neste momento, mas vai cumprir a determinação do ministro Barroso.

A decisão monocrática do ministro Barroso será levada a plenário para apreciação dos demais ministros da Corte no dia 16 de abril, em julgamento virtual.

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