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EUA anunciam flexibilização de contatos com Taiwan

09/04/2021 21h59

Washington, 10 Abr 2021 (AFP) - Os Estados Unidos irão flexibilizar os contatos entre seus funcionários e representantes de Taiwan, desafiando a pressão da China. O país continuará considerando Pequim o governo legítimo, conforme sua decisão de 1979, mas irá eliminar algumas das normas complexas que regem os vínculos com Taipé.

"As novas diretrizes flexibilizam a orientação sobre nossos contatos com Taiwan, consistente com nossas relações não oficiais", informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

O anúncio do governo Joe Biden formaliza o apoio verbal crescente dos Estados Unidos àquele território e responde a uma declaração do Congresso que exigia uma revisão. No fim de seu mandato, o ex-chefe da diplomacia americana Mike Pompeo declarou que desejava eliminar as diretrizes sobre a relação com Taiwan, mas sem dar detalhes de como iria substituí-las.

A missão de Taiwan em Washington - chamada oficialmente de Escritório de Representação Econômica e Cultural de Taipé nos Estados Unidos, em vez de embaixada - recebeu com satisfação as novas diretrizes e afirmou que as mesmas refletem um consenso bilateral visando a relações mais próximas. "Taiwan e Estados Unidos compartilham uma associação profunda e duradoura baseada em nossos valores comuns e interesses conjuntos."

Em um sinal de que a política americana para aquele território está mudando, o governo Biden enviou no mês passado o embaixador em Palau a Taiwan, para acompanhar a visita oficial do presidente do arquipélago.

Segundo as pautas divulgadas pelo governo Biden, funcionários americanos poderão receber representantes de Taiwan em prédios do governo na capital ou participar de reuniões de trabalho na missão taiwanesa, o que era proibido, indicou um funcionário do Departamento de Estado.

Pequim considera Taiwan - para onde fugiram em 1949 os nacionalistas da China continental após perderem a guerra civil contra os comunistas - um território que aguarda a reunificação, à força, se necessário. Já Taiwan denuncia as incursões aéreas crescentes de Pequim.

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