Após onda de protestos, governo paraguaio troca ministros
A população questiona a falta de remédios e suprimentos nos hospitais, além de atraso no processo de vacinação no país.
Neste sábado, o ministro das Tecnologias da Informação e da Comunicação, Juan Manuel Brunetti postou em sua conta no Twitter que o presidente "escuta os cidadãos" e "tem a melhor predisposição para poder fazer deste segundo mandato um bom período. Brunetti também disse que "os cargos (dos ministros) estão à disposição do presidente".
Protestos violentos foram registrados na noite de sexta-feira em torno do Congresso contra a insuficiência de recursos nos hospitais e o que os paraguaios consideram ser uma má gestão da pandemia.
O colapso dos hospitais levou à saída do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, na sexta-feira. Em seu lugar, Julio Borba foi nomeado interinamente, segundo nota da presidência. Borba era até sexta-feira vice-ministro de Assistência Integral à Saúde e Previdência do Ministério da Saúde.
Também vão deixar o governo Eduardo Petta, ministro da Educação, Juan Ernesto Villamayor, chefe de gabinete, e Nilda Romero, do Ministério da Mulher.
No início, centenas de pessoas saíram às ruas pacificamente para exigir a renúncia do presidente, mas a manifestação se tornou violenta com confrontos com a polícia, que respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo. No sábado, novas manifestações foram registradas no leste do país.
O Paraguai registrou 165.811 casos positivos e 3.278 óbitos por covid-19 até o sábado, segundo o último relatório do ministério da Saúde do país. Fonte: Associated Press.
Wilian Miron
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