Suíça faz referendo no domingo sobre proibição do uso de burcas
As pesquisas de opinião mostram um país bastante dividido. Se no fim do ano passado o "sim" tinha uma grande folga, uma pesquisa publicada no fim de fevereiro pelo Instituto GFS mostrou que 49% são favoráveis à regra e 47% são contrários. Os outros 4% se declararam indecisos.
Os movimentos feministas e diversos partidos de centro, liberais e de esquerda se manifestaram contrários à nova lei primeiro porque a consideram "islamofóbica e machista" e, em segundo lugar, porque afirmam que a maior parte das mulheres que usam esse tipo de vestimenta são turistas e não moradoras. Ou seja, seria uma legislação "inútil".
A comunidade islâmica suíça é bastante pequena, representando cerca de 5% da população, e a tradição local não segue esse padrão de vestimenta para as mulheres - usando apenas o xador ou o hijab, os véus que deixam o rosto completamente à mostra.
Recentemente, leis do tipo foram aprovadas nos Países Baixos e na Bélgica, mas no caso suíço, ela não nasceu do Executivo ou do Legislativo. No país, qualquer sugestão de legislação com mais de 100 mil assinaturas vai para um referendo popular, em um sistema chamado de "democracia direta". Por isso, é bastante comum que os cidadãos da Suíça sejam convocados para irem às urnas para votar sobre os mais diferentes assuntos.
Para ser aprovada, a nova lei "antiburca", como vem sendo chamada, precisará obter a maioria dos votos gerais e também na maior parte dos 26 cantões do país. Caso o "sim" vença, além da proibição de uso fora de locais de culto, quem infringir a medida deverá pagar uma multa de 10 mil francos suíços (R$ 61,1 mil). (ANSA).
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