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Prefeito de Chapecó rebate apresentador: 'Como comentarista, você é zero'

Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) desqualificou apresentador após comentários contra flexibilização de restrições - Reprodução
Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) desqualificou apresentador após comentários contra flexibilização de restrições Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/03/2021 16h22Atualizada em 05/03/2021 22h08

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), rebateu comentários feitos por um apresentador da Rede Globo sobre a reabertura da cidade durante a pandemia. Em um vídeo, o chefe do Executivo municipal aparece em frente a um centro de eventos que foi transformado em hospital de campanha para pacientes da covid-19, com o intuito de reforçar que a cidade está trabalhando para ampliar estruturas e atender a população.

"Eu quero aqui fazer uma observação: Fabian, você apresentador da NSC, sempre tive respeito muito grande pelo teu trabalho. Você é um bom apresentador, mas como comentarista, você é zero. Até porque você não conhece a matéria, nem sabe o que está falando", retrucou o prefeito.

"No jornal você fez um comentário equivocado dizendo que o prefeito de Chapecó, depois que pediu respirador, que buscou a ajuda, que a cidade estava em desespero, está liberando comércio para segunda-feira voltar à quase que normalidade", disse Rodrigues.

O apresentador Fabian Londero, criticado por João Rodrigues, fez comentários ao vivo contra a flexibilização na região de Chapecó.

"Fui surpreendido com essa informação da prefeitura de Chapecó de que a partir de segunda que vai seguir o decreto estadual que é menos rígido do que vinha sendo até agora. Pediu ajuda para todo mundo, transferiu pacientes, pediu inspiradores, alas, um desespero na região", disse o apresentador.

No vídeo, o prefeito pede licença para retirar a máscara que previne a contaminação da covid-19. Em frente ao hospital de campanha em construção, Rodrigues passou a listar as ações que adotou para evitar que o sistema de saúde da região entre em colapso.

"Isso aqui é um centro de eventos, que transformamos em hospital. Aqui, são 75 leitos de enfermaria, 20 leitos de UTI semi-intensivos. Aqui estão chegando botijões de oxigênio para poder socorrer as pessoas que aqui ficarem internadas. Por 14 dias a cidade ficou parada. O nosso comércio praticamente quebrou, mas todos nós suportamos esse sofrimento e a economia local sofreu muito com isso pra você fazer um comentário desequilibrado".

O UOL entrou em contato com a Rede Globo, mas até o momento, a emissora não se pronunciou sobre o caso.

Pazuello chegou hoje em Chapecó

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, visitou a cidade de Chapecó hoje para discutir o enfrentamento da covid-19, após o sistema de saúde da região enfrentar um colapso. Em Santa Catarina, o número de casos e internações começou a subir em fevereiro. Pela falta de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), alguns pacientes contaminados pela covid-19 precisaram ser transferidos para o Espírito Santo.

Pacientes graves precisaram ficar em poltronas no Hospital Regional São Paulo, localizado em Santa Catarina, após o sistema atingir a capacidade máxima de internações na terça-feira (2).

Em um comunicado, a unidade hospitalar informou sobre a lotação de todos os ambientes. "Não há mais espaço físico, estrutura e pessoal para atender a grande demanda e que cresce diariamente. Estamos com nossa unidade 100% lotada em todos os ambientes, tanto na UTI Geral, UTI Neonatal, internação, Ala Covid, mas especialmente na Emergência. Estamos vivendo o pior momento desde o início da pandemia da Covid-19. Não iremos viver uma catástrofe, já estamos nela".

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