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Brasil tem novo recorde na média de mortes e registra 1.786 óbitos em 24 h

do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/03/2021 18h44Atualizada em 04/03/2021 22h17

Pelo sexto dia seguido, o Brasil registrou a mais alta média móvel de mortes por covid-19 em toda a pandemia. Nesta quinta-feira (4), o país teve uma média de 1.361 óbitos pela doença nos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Após bater o recorde de mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas por dois dias consecutivos, o Brasil registrou 1.786 novas vítimas de ontem para hoje - a segunda maior marca em toda a pandemia.

Já são 43 dias consecutivos nos quais o Brasil apresenta média móvel de mortes por covid-19 acima de mil — o maior período em toda a pandemia. Os sucessivos recordes comprovam que o país passa por seu pior momento desde março de 2020. Vários estados enfrentam situações críticas, à beira de um colapso em seus sistemas de saúde, e têm endurecido medidas restritivas para tentar reduzir o avanço da doença.

As nove maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil foram verificadas nos últimos nove dias:

  • 4 de março - 1.361
  • 3 de março - 1.332
  • 2 de março - 1.274
  • 1º de março - 1.223
  • 28 de fevereiro - 1.208
  • 27 de fevereiro - 1.180
  • 25 de fevereiro - 1.150
  • 26 de fevereiro - 1.148
  • 24 de fevereiro - 1.129

Com isso, o país mantém a tendência de aceleração que acumula há quatro dias. Hoje a alta foi de 30% na comparação com 14 dias atrás.

Desde o começo da pandemia, a covid-19 causou a morte de 261.188 pessoas no Brasil. Dos 5 dias com maior número de óbitos, 4 foram nos últimos sete dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 3 de março de 2021 - 1.840
  • 4 de março de 2021 - 1.786
  • 2 de março de 2021 - 1.726
  • 25 de fevereiro de 2021 - 1.582
  • 29 de julho de 2020 - 1.554

Oito estados registraram mais de cem óbitos de ontem para hoje. O total de vítimas apenas nestes estados chega a 1.215:

  • São Paulo - 313
  • Rio Grande do Sul - 188
  • Minas Gerais - 160
  • Ceará - 122
  • Goiás - 112
  • Bahia - 111
  • Paraná - 105
  • Rio de Janeiro - 104

Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta, enquanto apenas dois têm queda. Outros 8 mantêm índices estáveis.

Das regiões, Norte (-8%) e Sudeste (8%) se mantiveram estáveis. As demais apresentam tendência de aceleração: Centro-Oeste (26%), Nordeste (64%) e Sul (110%).

De ontem para hoje, houve 74.285 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. Desde o início da pandemia, o total de infectados subiu para 10.796.506.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado nesta quinta-feira (4), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 1.699 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 260.970 óbitos provocados pela doença em todo o país.

Ontem (3), pelos dados do Ministério, o Brasil teve o número mais alto de novas mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas: foram 1.910. O recorde anterior havia sido verificado um dia antes: em 2 de março, foram 1.641 vítimas.

Pelos números da pasta, houve 75.102 casos confirmados de covid-19 no país de ontem para hoje, chegando a um total de 10.793.732 infectados desde o começo da pandemia.

Segundo o governo federal, 9.637.020 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 895.742 estão em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-4%)

  • Minas Gerais: estável (6%)

  • Rio de Janeiro: estável (-9%)

  • São Paulo: acelerado (18%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (34%)

  • Amazonas: queda (-27%)

  • Amapá: queda (-26%)

  • Pará: estável (6%)

  • Rondônia: estável (3%)

  • Roraima: estável (11%)

  • Tocantins: aceleração (135%)

Região Nordeste

  • Alagoas: acelerado (20%)

  • Bahia: aceleração (70%)

  • Ceará: aceleração (104%)

  • Maranhão: aceleração (113%)

  • Paraíba: aceleração (56%)

  • Pernambuco: estável (-10%)

  • Piauí: aceleração (90%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (118%)

  • Sergipe: aceleração (33%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (69%)

  • Goiás: aceleração (20%)

  • Mato Grosso: estável (14%)

  • Mato Grosso do Sul: acelerado (43%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (55%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (138%)

  • Santa Catarina: aceleração (165%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado na primeira versão deste texto, a região Norte não apresenta aceleração de 248%, mas sim -8%, que representa situação de estabilidade por estar entre -15% e 15%. A informação foi corrigida.

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