Topo
Notícias

Esse conteúdo é antigo

Bolsonaro participará de reunião do Mercosul na Argentina em março

04/03/2021 21h18

Brasília, 5 Mar 2021 (AFP) - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira que participará no próximo dia 26 da reunião de cúpula do Mercosul em Buenos Aires, onde irá se encontrar pela primeira vez com seu par argentino, Alberto Fernández, com quem teve momentos de forte tensão.

"No dia 26, estarei em Buenos Aires, em nossa querida Argentina. Estaremos celebrando os 30 anos da criação do Mercosul", informou o presidente, durante sua transmissão ao vivo semanal nas redes sociais. "Será a primeira vez que iremos conversar com o presidente da Argentina, uma conversa reservada, e publicamente iremos tratar das questões econômicas dos nossos dois países."

Bolsonaro desejou sucesso à Argentina nas negociações para reestruturar sua dívida com o Fundo Monetário Internacional. "Todo mundo sabe que a Covid-19 causou dificuldades econômicas em todo o mundo e nós torcemos para que a Argentina tenha sucesso em suas negociações com o FMI, porque sua situação financeira está bastante complicada", assinalou.

Bolsonaro (ultradireita) e Fernández (centro-esquerda) tiveram uma conversa privada no fim de novembro, após meses de polêmicas. A relação entre os dois começou mal mesmo antes da posse de Fernández, em dezembro de 2019. O brasileiro o insultou em suas redes sociais e disse que temia uma onda migratória da Argentina semelhante a que ocorreu na Venezuela. Em entrevista na TV, Fernández respondeu chamando Bolsonaro de "racista, misógino e violento".

O Mercosul, também formado por Paraguai e Uruguai, irá comemorar no fim do mês o 30° aniversário da assinatura do Tratado de Assunção, a partir do qual foi originado. O bloco vive atualmente um momento de redefinição, com Brasil, Uruguai e Paraguai a favor de uma "flexibilização" que permita a cada membro negociar acordos comerciais com outros países.

As discussões ocorrem sem maiores avanços no processo de ratificação do acordo que o Mercosul assinou em julho de 2019 com a União Europeia. A paralisação se deve, principalmente, à preocupação dos europeus com a falta de compromisso do Brasil com a proteção da Floresta Amazônica.

js/val/gm/lb

Notícias