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"Todos vão sofrer, mas não morrer", diz Vecina sobre medidas restritivas

Gonzalo Vecina diz que medidas restritivas, como a fase vermelha do Plano SP, são necessárias  - VALÉRIA GONÇALVEZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Gonzalo Vecina diz que medidas restritivas, como a fase vermelha do Plano SP, são necessárias Imagem: VALÉRIA GONÇALVEZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/03/2021 14h08

O ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Gonzalo Vecina disse que as medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos são a única forma de o Brasil controlar o aumento de casos e mortes de covid-19.

Em entrevista para a GloboNews, o médico sanitarista disse que a paralisação da economia fará as pessoas sofrerem, mas irá preservar suas vidas. A partir do próximo sábado, o maior estado do Brasil, São Paulo, entrará na fase vermelha do plano de reabertura da economia por duas semanas, a mais restritiva.

"Certamente deve ter as variantes que devem estar aumentando o número de casos, mas não existe como diminuir sem ser paralisando a economia, infelizmente. Todos vão sofrer, mas não vão morrer. Essa é a diferença: sofrer e morrer, não estar aqui amanhã. A população tem que entender e se comportar de forma adequada, se não vamos ter mortes sem controle", disse.

Ontem, o Brasil teve o maior número de mortes diárias por covid-19 desde o início da pandemia, com 1.726 óbitos registrados em 24 horas. Para Gonzalo Vecina, o aumento é reflexo do relaxamento do distanciamento social.

"O aumento do número de casos vem do aumento do número de encontros. Quanto mais andamos fora de casa, quanto mais fazemos aglomeração, quanto mais não usamos máscaras, mais casos vamos ter. Não tem outro jeito de controlar a não ser fechando", disse

Para o ex-presidente da Anvisa, os governadores estão tendo que tomar medidas "contra a vontade popular" para proteger vidas, para ele a prioridade número um em uma pandemia.

"Nós temos que proteger a vida. Se não protegermos a vida, não adianta atravessarmos a pandemia, porque estaremos mortos do lado de lá. Não todos, mas uma parte. Temos que criar condições para esperar as vacinas e isso significa reduzir o número de casos", disse.

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