Petróleo deve subir, e isso reforça troca na Petrobras, diz Bolsonaro
Depois de uma conversa com diplomatas do Kuwait em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o preço do petróleo deve subir. Na sua avaliação, isso demonstra a necessidade de troca no comando da Petrobras.
O presidente esteve com o embaixador do Kuwait no Brasil, Nasser Riden Almotairi, por volta da hora do almoço de hoje. O país é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Ao sair, o presidente disse que os árabes não estão satisfeitos com o preço do produto.
Bolsonaro anunciou que o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, não será reconduzido e será substituído pelo general Joaquim Luna e Silva. O motivo foram as altas nos preços dos combustíveis no Brasil, quando a petroleira brasileira repassou aos consumidores os reajustes no mercado internacional.
"Eles acham que o preço ainda não está adequado e pode ser que tenhamos uma alta do petróleo nas próximas semanas", disse o presidente hoje.
"Isso complica para a gente e reforça nosso interesse em efetivamente em mudar o presidente da Petrobras porque nós queremos —- não interferir como nunca interferimos. Agora, a Petrobras pode colaborar com outros órgãos no combate a cartéis, adulteração de combustíveis, a questão de diversificarmos o máximo possível a questão de refinarias...", enumerou.
Alguns conselheiros da Petrobras anunciaram a saída da estatal depois do anúncio da troca de Castelo Branco. "Talvez por solidariedade", comentou Bolsonaro. "O que queremos é que o nome do Silva e Luna seja aprovado."
Bolsonaro disse que não haverá mudança na política de preços da Petrobras. Mas mencionou medidas para evitar fraudes em combustíveis, aumento da concorrência e combate a carteis do setor. Citou um chip para conferir o volume de produto que realmente entrou dentro do tanque dos automóveis.
Hoje, o Congresso deve votar a PEC Emergencial com uma porta aberta para o retorno do auxílio emergencial para enfrentar a pandemia de coronavírus. Bolsonaro declarou que o benefício foi positivo para movimentar a economia. No entanto, ponderou que é preciso verificar se há "desencontros" na PEC.
"Eu prefiro o [ministro da Economia], Paulo Guedes, falar sobre isso [auxílio emergencial]. Recebi agora telefonema de um senador importante para nós falando de alguns desencontros dentro do Senado, de onde está vindo essa PEC. É uma questão bastante complexa."
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