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MSD ajudará J&J a produzir vacina anticovid para os EUA

03/03/2021 10h18

Washington, 3 Mar 2021 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (2) um acordo entre a Johnson & Johnson e o laboratório farmacêutico MSD para aumentar a produção da vacina contra a covid-19.

As duas empresas americanas, "normalmente concorrentes", "irão trabalhar juntas para aumentar a produção de vacinas da Johnson & Johnson", revelou o presidente Biden.

"Este é o tipo de colaboração entre empresas que vimos durante a Segunda Guerra Mundial", comemorou.

Duas fábricas da MSD (Merck Sharp&Dohme) serão usadas para "fabricar o produto" e "embalá-lo", informou o Departamento de Saúde dos Estados Unidos em um comunicado.

A MSD vai receber mais de 100 milhões de dólares - no âmbito de uma lei que permite às autoridades obrigar as empresas privadas a produzirem determinados bens com urgência - para equipar as suas fábricas conforme a necessidade, detalhou o governo americano.

"Esses esforços ajudarão a Johnson & Johnson a acelerar a distribuição para 100 milhões de doses ou perto de 100 milhões de doses até o final de maio", concluiu o Departamento de Saúde.

A J&J prometeu, por enquanto, 100 milhões de doses aos Estados Unidos antes do final de junho.

As instalações de produção de vacinas da J&J irão operar "24 horas por dia, sete dias por semana", disse Biden, garantindo que essas medidas garantirão vacinas contra a covid-19 suficientes para toda a população adulta americana "até o final de maio". O prazo anterior era final de julho.

- Distribuição 'desigual' -O imunizante da J&J, de dose única e que pode ser armazenado a temperaturas convencionais de um refrigerador, foi liberado para uso emergencial no país no final da semana passada.

Cerca de 3,9 milhões de doses já estão sendo distribuídas esta semana, declarou na segunda Jeff Zients, coordenador da equipe encarregada do combate à covid-19 na Casa Branca. Cerca de 16 milhões a mais serão enviadas até o final de março, informou.

Mas as entregas serão "desiguais" durante este período e serão realizadas especialmente na segunda metade do mês, disse.

Pouco antes, ao referir-se ao ritmo da campanha de vacinação nos Estados Unidos, Biden havia declarado que em março "seriam feitos avanços ainda mais rápidos nas vacinas", sugerindo que, a respeito da autorização para o novo imunizante, haveria novos anúncios.

Recentemente, surgiram preocupações sobre a capacidade de produção da J&J.

No final de janeiro, a Merck anunciou que estava interrompendo seus dois projetos de vacinas anticovid, incluindo a que desenvolvia em conjunto com o Instituto Pasteur, na França, por não ter obtido resultados convincentes nos primeiros testes clínicos.

Nos Estados Unidos, a J&J é o terceiro imunizante licenciado, depois da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Esses dois últimos se comprometeram a entregar 300 milhões de doses até o final de julho, o suficiente para vacinar quase toda a população americana, mas o governo Biden quer acelerar ao máximo o ritmo da campanha de vacinação.

Ao todo, mais de 78 milhões de doses já foram administradas nos Estados Unidos.

Sem poder oferecer sua própria vacina, o laboratório francês Sanofi também anunciou no final de janeiro que ajudará a embalar milhões de doses de um concorrente, a aliança Pfizer/BioNTech, para a Europa.

jca-la/rle/rs/mls/mr/mvv/am

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