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Kremlin minimiza sanções de EUA e UE, mas promete retaliar

03/03/2021 09h38

MOSCOU (Reuters) - O Kremlin minimizou nesta quarta-feira o impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia em reação ao tratamento de Moscou ao político opositor Alexei Navalny, mas disse que retaliará com medidas recíprocas.

No desafio mais direto do presidente Joe Biden ao Kremlin até o momento, os Estados Unidos impuseram sanções na terça-feira para punir a Rússia pelo que descreveram como uma tentativa de Moscou de envenenar o líder opositor Alexei Navalny com um agente nervoso no ano passado

Navalny, de 44 anos, adoeceu em um voo que partiu da Sibéria em agosto e foi levado de avião à Alemanha, onde médicos concluíram que ele havia sido envenenado com um agente nervoso. O Kremlin nega ter tido algo a ver com sua doença e disse que não viu prova de envenenamento.

Ainda na terça-feira, Washington adotou sanções contra sete autoridades e 14 entidades da Rússia.

Os EUA agiram em parceria com a UE, que impôs sanções essencialmente simbólicas a quatro autoridades graduadas russas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou reagirá da maneira que servir melhor aos seus interesses.

"Claro que é impossível não aplicar o princípio da reciprocidade", disse Peskov aos repórteres.

"Consideramos tais decisões absurdas, injustificáveis e, o mais importante, elas não têm efeito ou significado", disse. "Só podemos lamentar isto e expressar nossa consternação."

Mas Peskov disse que as sanções norte-americanas não afetarão as autoridades visadas porque elas não têm permissão de viajar para fora da Rússia, não possuem propriedades no exterior nem contas em bancos estrangeiros por causa do caráter sigiloso de suas posições.

"Isto é praticamente uma duplicação das restrições que estas pessoas enfrentam sob a lei russa, nada mais", disse Peskov, acrescentando que as sanções que visam entidades terão um efeito mais palpável.

Independentemente de seu impacto, Peskov alertou que as sanções terão um efeito destrutivo nas relações russas com os EUA e a UE.

(Por Dmitry Antonov)

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