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Irã faz nova advertência aos membros da AIEA

02/03/2021 17h40

Teerã, 2 Mar 2021 (AFP) - O Irã fez uma nova advertência nesta terça-feira (2) à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) contra a possível adoção de uma resolução condenando sua decisão de suspender certas inspeções realizadas pela agência da ONU.

"Devo alertar que ações que vão contra nossas expectativas terão um impacto negativo no processo diplomático e podem fechar rapidamente a janela de oportunidade" para as negociações, disse o porta-voz do governo, Ali Rabii.

Teerã e a comunidade internacional estão tentando salvar o acordo nuclear alcançado em Viena em 2015.

França, Alemanha e Reino Unido, os três países europeus que fazem parte do acordo de Viena, pretendem submeter a uma votação no conselho de governadores da AIEA um texto no qual condenam a decisão iraniana de suspender certas inspeções de seu programa nuclear, informou o ministro das Relações Exteriores da França nesta terça.

Esta decisão "nos fará lançar um protesto no âmbito do Conselho de Governadores da AIEA nos próximos dias", explicou Jean-Yves Le Drian à Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional Francesa, confirmando informações anteriormente fornecidas por fontes diplomáticas.

A resolução a ser apresentada pelos três países europeus, segundo as fontes, vai expressar "sua profunda preocupação" e pedir ao Irã que "retome imediatamente" a totalidade do programa de inspeções previsto no acordo.

Teerã já havia alertado que a adoção desse texto "seria absolutamente contraproducente e destrutiva".

Também ameaça "encerrar" o acordo técnico temporário concluído em 21 de fevereiro entre a AIEA e o Irã para limitar o escopo da suspensão das inspeções.

O governo moderado do Irã teve que aplicar essa suspensão sob pressão de uma lei aprovada pelo parlamento conservador.

Em uma conversa telefônica, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao presidente iraniano, Hasan Rohani, nesta terça-feira "gestos claros" para mostrar que eles estão prontos para "mais uma vez respeitar suas obrigações" com o pacto nuclear, "sem mais demora".

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