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Embaixadora da UE expulsa por Maduro deixa a Venezuela

02/03/2021 14h16

Caracas, 2 Mar 2021 (AFP) - A embaixadora da União Europeia na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, deixou o país nesta terça-feira (02), após o governo de Nicolás Maduro declará-la 'persona non grata' e expulsá-la no dia 24 de fevereiro, em resposta a novas sanções do bloco contra funcionários chavistas.

A embaixadora partiu em voo da Turkish Airlines, confirmou à AFP uma fonte da delegação diplomática da UE.

Embora as 72 horas que Caracas lhe deu para sair tenham expirado no sábado, foi dada uma prorrogação do prazo por questões logísticas relacionadas com a disponibilidade de voos.

"Hoje #2Mar #Caracas me deu o mais lindo amanhecer com #Avila em todo o seu esplendor", escreveu Brilhante Pedrosa no Twitter, acompanhado por uma foto panorâmica da capital Caracas com a montanha ao fundo.

"Obrigado infinito a todos os venezuelanos por seu amor, reconhecimento e carinho. Eu carrego todos vocês em tantas lindas lembranças. Meu coração fica aqui. Eu te amo #Venezuela".

O governo venezuelano declarou persona non grata e expulsou Brilhante Pedrosa após as novas sanções da UE contra 19 altos funcionários venezuelanos, incluindo Remigio Ceballos, um dos principais líderes militares da Venezuela; Indira Alfonzo, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE); e dois congressistas.

Isso acontece após as eleições parlamentares de 6 de dezembro, boicotadas e classificadas como fraude pelos principais partidos políticos da oposição e não reconhecidas pelos Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina. A votação deu ao partido no poder e seus aliados 256 dos 277 assentos no Parlamento.

O Executivo chama essas sanções de "ilegais" e de "agressões" que apóiam a política dos Estados Unidos contra a Venezuela.

Um dia depois, em reciprocidade, a União Europeia declarou a representante da Venezuela no bloco, Claudia Salerno, persona non grata.

O número de funcionários venezuelanos sancionados pela União Europeia é de 55. Antes da Venezuela, o bloco não havia sancionado nenhum país da América Latina.

Em 29 de junho, após outro pacote de sanções, Maduro declarou Brilhante persona non grata e também lhe deu 72 horas para deixar a Venezuela, mas voltou atrás após negociações com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

mbj/jt/mls/ap

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