Comerciantes pedem silêncio aos clientes para ajudar no combate à Covid no Japão
No Japão, a terceira onda da pandemia do coronavírus demora a passar e a maioria das empresas ainda tem que fechar suas portas às 20 horas. Para ajudar no controle da doença e evitar medidas mais restritivas, durante o dia, os comerciantes têm adotato a regra do silêncio e pedem a seus clientes que não falem. Em outras palavras, os clientes podem entrar, comprar, comer, mas não podem conversar. O objetivo é evitar que comércios e restaurantes tornem-se um epicentro de transmissão.
No Japão, a terceira onda da pandemia do coronavírus demora a passar e a maioria das empresas ainda tem que fechar suas portas às 20 horas. Para ajudar no controle da doença e evitar medidas mais restritivas, durante o dia, os comerciantes têm adotato a regra do silêncio e pedem a seus clientes que não falem. Em outras palavras, os clientes podem entrar, comprar, comer, mas não podem conversar. O objetivo é evitar que comércios e restaurantes tornem-se um epicentro de transmissão.
Bruno Duval, correspondente da RFI em Tóquio
Tóquio tem uma grande quantidade de restaurantes minúsculos e abafados localizados nos subsolos dos prédios e, portanto, sem janelas. É o caso desta cantina no centro da cidade, onde cinco colegas de trabalho fazem o intervalo para o almoço... sem dizer uma palavra.
A única coisa que se ouve são os bolinhos sendo fritos em óleo fervente e o arroz sendo lavado pelo cozinheiro para remover o amido. Enquanto isso, os clientes que tomam seu soba (macarrão de trigo sarraceno) fazendo barulho ao sugá-lo.
Silêncio enquanto se come é a regra estabelecida pelo gerente. "Eu tinha medo que meus clientes levassem a mal este pedido, mas não. Na verdade, eles entendem que eu não faço isso por vontade, mas para protegê-los deste maldito vírus", explica o gerente à RFI.
'Temos que cuidar da nossa saúde e da dos outros'
O pedido se repete em lojas, academias e cinemas, todos pedem às pessoas que fiquem caladas. O silêncio não choca os moradores de Tóquio.
"Este silêncio forçado em todos os lugares torna a saída com os amigos menos divertida, isso é verdade. Mas, se for eficaz do ponto de vista da saúde, não há escolha: você tem que se acostumar com isso", diz um residente da capital à RFI.
"Enquanto esta epidemia não acabar, todos nós temos o dever de continuar cuidando de nossa saúde e da saúde dos outros", confirma outro japonês.
O silêncio também é a regra no transporte público, desde o ano passado. As autoridades acreditam que foi isso o que permitiu manter a transmissão em níveis controlados apesar da lotação dos metrôs e trens.
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