Vacina anti-Covid 100% italiana começa testes em humanos
A fórmula criada pela empresa Takis Biotech se baseia em um fragmento de DNA injetado no músculo para estimular a produção de uma determinada porção da proteína "spike", espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 usa para agredir as células humanas.
A aplicação é feita por meio de uma tecnologia chamada eletroporação, que consiste em um impulso elétrico no músculo para aumentar a permeabilidade das membranas celulares. O desenvolvimento da vacina, chamada Covid-eVax, é feito em parceria com a empresa Rottapharm Biotech, também da Itália.
A fase 1 de ensaios clínicos, quando se avalia a segurança da vacina, envolverá cerca de 80 voluntários de três hospitais de Monza, Nápoles e Roma. Paralelamente, a Takis desenvolve uma fórmula específica para a variante brasileira P.1, e os resultados dos testes pré-clínicos devem ser divulgados neste mês.
Independência - A Itália planejava imunizar toda a sua população vacinável até o outono europeu, no segundo semestre, mas até agora somente 1,4 milhão de pessoas, pouco mais de 2% dos habitantes do país, receberam as duas doses.
Segundo o governo, o atraso se deve aos problemas logísticos apresentados por Pfizer, Moderna e AstraZeneca, que não estão conseguindo manter o cronograma de entregas de vacinas de maneira consistente.
Recentemente, o governo italiano anunciou a compra de 30% do capital do laboratório Reithera, que também desenvolve um imunizante contra a Covid-19. As fases 2 e 3 dos ensaios clínicos da vacina devem ser concluídas até junho. (ANSA).
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