Nos últimos dias têm surgido alguns relatos de protestos de motoristas por conta do preço dos combustíveis. Até o momento, porém, as ações estão sendo consideradas pelo governo como algo pontual e sob controle.
O sindicato que representa os transportadores de combustível (Sindtanque) diz que realizará uma paralisação nesta quinta-feira (25) em Minas Gerais contra a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo Diesel no Estado.
À coluna, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que a princípio trata-se de uma ação restrita a Minas Gerais.
"A ANP, a Petrobras e o governo do Estado estão tomando as providências para que não haja nenhum problema no abastecimento", disse.
Outros integrantes que acompanham a mobilização de caminhoneiros e de outras categorias por conta do aumento dos combustíveis informaram que não há no radar nenhuma grande paralisação.
Além disso, de acordo com esses interlocutores, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está sempre de prontidão para atuar contra bloqueio de pistas ou outras manifestações.
Atos começam a pipocar
Apesar da tranquilidade do governo, ontem (24), houve um bloqueio parcial na BR 101, em Linhares, no norte do Espírito Santo, com motoristas protestando contra a alta do valor de combustíveis. De acordo com informações da Casa Civil da Presidência da República, a PRF esteve no local e resolveu a situação ainda pela manhã.
A avaliação do governo federal, no momento, é que as ações se concentram em pautas que estão ligadas a questões estaduais, como o ICMS, e não têm relação direta com a agenda federal.
O argumento reforça inclusive o discurso político do presidente Jair Bolsonaro que acusa os governadores de não cederem para ajudar a baratear o combustível.
Promessa sem recurso?
No último dia 18, Bolsonaro anunciou que a partir de março o governo vai zerar por dois meses os impostos federais sobre o Diesel.
"A partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal no Diesel. Nesses dois meses, vamos estudar uma maneira definitiva de zerar esse imposto até para ajudar a contrabalancear esse aumento excessivo da Petrobras", disse na semana passada, na véspera de anunciar a troca de comando da Petrobras.
Para cumprir a promessa, porém, a equipe de Paulo Guedes (Economia) precisa encontrar contrapartidas para não ferir a Lei de Responsabilidade fiscal.
A demora de uma solução por parte da equipe de Guedes - que ainda não faz milagres para fechar contas - tem irritado o presidente.
Bolsonaro já chegou até a sinalizar que para cumprir a sua promessa e manter o apoio dos caminhoneiros pode até suspender a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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