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Primeira vacinada no Brasil, Mônica Calazans diz ter sofrido ofensa racista

Enfermeira Monica Calazans recebeu a primeira dose da CoronaVac no dia 17 de janeiro - Leonardo Martins/UOL
Enfermeira Monica Calazans recebeu a primeira dose da CoronaVac no dia 17 de janeiro Imagem: Leonardo Martins/UOL
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Do UOL, em São Paulo

24/02/2021 11h16

Primeira pessoa a ser vacinada contra covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans relatou, em entrevista à TV Globo, que recebeu uma ofensa racista relacionado a sua imunização. O ataque ocorreu em mensagens nas redes sociais.

"Recebi ataques sem necessidade, as pessoas que me atacaram nem me conhecem. (Recebi) mensagens de cunho racista", disse Mônica, em reportagem do programa Profissão Repórter.

Segundo ela, a mensagem dizia o seguinte: 'Se continuarem vacinando os macacos, não vai sobrar para os seres humanos.'

Mônica não disse se prestou queixa contra o insulto. O § 3 do art.140 do Código Penal prevê pena de um a três anos de reclusão em casos de injúrias com utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

Mônica recebeu a segunda dose da CoronaVac no dia 12 de fevereiro, menos de 30 dias depois de ser a escolhida para a aplicação da primeira vacina no país, no dia 17 de janeiro.

Com 54 anos, Mônica é do grupo de risco do contágio do novo coronavírus: obesa, hipertensa e diabética. Mesmo assim, em maio do ano passado, quando a pandemia atingia um de seus picos, ela se inscreveu para vagas de CTD (Contrato por Tempo Determinado).

Dentre vários hospitais, escolheu trabalhar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, mesmo ciente de que a unidade estaria no epicentro do combate à pandemia. Segundo ela, a vocação falou mais alto.

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