Após problemas com Trump, líder da Otan propõe reformar aliança do Atlântico
Resumo da notícia
- Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte quer modernizar aliança após quatro anos de atrito com EUA
- Planos também visam convencer o sucessor de Trump, Joe Biden, a apoiar firmemente a Otan
- Entre os desafios estão a ascensão militar da China e a postura da Rússia como adversária
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, apresentará nessa quarta-feira (17.02) planos de reforma para modernizar a aliança após quatro anos de atrito com Washington e para enfrentar importantes desafios, como a ascensão militar da China e a Rússia como adversária.
Após confronto retórico entre Washington e seus aliados durante a presidência de Donald Trump, Stoltenberg apresentará oito áreas onde a Otan poderia se modernizar a médio prazo, desde a postura em relação às mudanças climáticas até o financiamento mais sustentável de operações militares, disseram dois funcionários de alto escalão à Reuters.
As propostas de reforma, que os líderes da Otan devem debater em uma cúpula em Bruxelas planejada para o final deste ano, visam convencer o sucessor de Trump, Joe Biden, a apoiar firmemente a Organização do Tratado do Atlântico Norte e apaziguar aliados frustrados com o que eles dizem ser o fracasso da aliança em se coordenar politicamente.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse no final de 2019 que a Otan estava "passando por morte cerebral" depois que a Turquia, membro da aliança, lançou uma ofensiva contra os rebeldes apoiados pelos EUA na Síria.
"Temos uma oportunidade única de reenergizar e fortalecer o vínculo transatlântico", disse Stoltenberg a repórteres na segunda-feira, referindo-se ao processo de reforma como "Otan 2030".
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