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Governador de RO reage a denúncia do MP de fraude em leitos: 'precipitada'

Marcos Rocha disse que ação do MP foi resultado de falha de interpretação - Reprodução
Marcos Rocha disse que ação do MP foi resultado de falha de interpretação Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 20h46

O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), afirmou hoje que a denúncia de fraude nos números de vagas de UTI feita pelo MP (Ministério Público) estadual foi uma "ação precipitada e isolada". "Acreditamos que tal ação tenha sido uma falha de interpretação, por falta de conhecimento técnico e científico", disse.

O governador participou de uma coletiva de imprensa no início da noite de hoje para rebater a acusação feita pelo MP. Ele reafirmou posicionamento que já havia sido enviado ao UOL de que "a metodologia para confecção desses relatórios durante o tempo de pandemia foi sendo gradualmente aperfeiçoada com vista a retratar com mais fidedignidade a realidade de ocupação dos leitos. Eventual variação da taxa de ocupação dentro do mesmo dia não tem potencial para interferir diretamente na reclassificação dos Municípios nas fases do Plano Todos por Rondônia."

De acordo com o Ministério Público, o governo de Rondônia incluiu leitos clínicos e de UTI (unidades de terapia intensiva) inativos em relatórios de ocupação de hospitais com pacientes de covid-19. Isso teria acontecido nos meses de dezembro e janeiro. Ainda segundo o MP, o objetivo teria sido evitar decretar medidas mais restritivas de isolamento social.

Em sua fala, Marcos Rocha se mostrou muito incomodado com o uso da palavra "fraude". Ele afirmou que os profissionais que atuam no Comitê que calcula os números relacionados à pandemia de covid-19 são técnicos. "Então não é justo que esses profissionais que atuam incessantemente de forma unicamente técnica nos estudos que influenciam as tomadas de decisões ao enfrentamento da pandemia de covid-19 sejam tachados de fraudadores", completou.

O secretário estadual de Saúde, Fernando Máximo, também se manifestou criticando a denúncia feita pelo MP. "O que nós estamos vendo hoje nada mais é do que uma situação midiática, uma ilação e uma colocação totalmente errônea por desconhecimento e até um desrespeito aos nossos técnicos".

Máximo negou ainda que o sistema de saúde do estado esteja em colapso. "Muito antes de começar as pessoas a estarem com problema como em Manaus, nós já buscamos a transferência. O governador tomou a atitude com antecedência, se precaveu", afirmou.

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