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Temos demanda 50% maior de oxigênio do que há 30 dias, diz governador do PA

Governador paraense prevê piora da pandemia vindo do Amazonas em direção à capital Belém - Bruno Cruz/Futura Press/Estadão Conteúdo
Governador paraense prevê piora da pandemia vindo do Amazonas em direção à capital Belém Imagem: Bruno Cruz/Futura Press/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

25/01/2021 18h39

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse hoje que o estado já verifica uma demanda muito maior por oxigênio hospitalar do que há um mês. Após seis pessoas morrerem por asfixia em Faro, no oeste do estado, na semana passada, Barbalho prevê uma piora da pandemia de covid-19 que vem do Amazonas em direção à capital Belém.

"Ela vem no sentido oeste-leste, tanto que hoje eu fiz reunião com os prefeitos da Região Metropolitana de Belém, já para agir no sentido de prevenir a chegada deste vírus para a capital e, consequentemente, ter um público exposto à nova cepa em um volume maior", disse o governador em entrevista à CNN Brasil.

Barbalho lembrou a nova variante do coronavírus que foi encontrada em quase metade dos casos de contaminações recentes em Manaus. Tida como mais contagiosa, a cepa provocou uma nova onda de internações e resultou numa grave crise de desabastecimento de oxigênio no Amazonas.

"No estado do Pará, nós já temos uma demanda 50% maior de oxigênio do que 30 dias atrás", constatou Barbalho.

O governador pediu prioridade na vacinação contra a covid-19 para os estados do Norte do Brasil que estão sofrendo mais com a nova onda de casos, como Pará e Amazonas.

"Todos nós temos que trabalhar, sim, com a perspectiva de termos um agravamento em todo o território nacional", disse Barbalho.

Hospital de campanha e novos leitos

Para tentar evitar a falta de leitos para pacientes com covid-19, o governo paraense disse que vai reativar o Hospital de Campanha de Santarém, focando sua atuação na região oeste do estado, que faz divisa com o Amazonas.

"Está sendo prevista a abertura de 60 leitos clínicos em Santarém, uma parceria entre estado e município. Se for necessário, ainda há a possibilidade de abrir mais 40 leitos de UTI em Itaituba para atender a população do oeste do Pará", afirmou Ariel Barros, secretário-adjunto de gestão administrativa da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará).

Segundo a Sespa, com a abertura de novos leitos de UTI, Santarém terá 44 e Itaituba ficará com 60 vagas. Na cidade de Juruti, o governo paraense disse que foram instalados outros dez novos leitos.

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