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Preso, ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas acumula nova condenação

25/01/2021 19h15

Quito, 25 Jan 2021 (AFP) - Um tribunal do Equador sentenciou nesta segunda-feira (25) a uma nova condenação de oito anos de prisão por mau uso de recursos públicos em um contrato petroleiro o ex-vice-presidente Jorge Glas, que está preso por receber propina da Odebrecht, anunciou a corte.

Os magistrados resolveram "declarar a culpabilidade" de Glas pela "existência de crime de peculato".

A resolução destaca uma "sentença condenatória contra ele, impondo a pena de 8 anos de privação de liberdade" como coautor dos fatos, informou um comunicado.

Glas foi considerado culpado, junto com outros implicados, como os ex-ministros da Energia, Wilson Pástor e Carlos Pareja.

Segundo a Procuradoria, neste caso foram causados prejuízos ao Estado da ordem de 28 milhões de dólares por irregularidades na concessão de um campo petroleiro.

Os sentenciados também "deverão cancelar o valor de 5 milhões de dólares de forma proporcional à sua participação".

O ex-vice do presidente Rafael Correa entre 2013 e 2017, e do atual presidente Lenín Moreno desde maio de 2017, perdeu o cargo por causa do esquema de corrupção da Odebrecht, no âmbito do qual foi julgado pelo crime de associação ilícita.

Ele está preso desde 2017, cumprindo sentença de seis anos por teceber propinas milionárias da empreiteira brasileira.

Glas, que foi responsável pelos setores estratégicos do Equador durante o governo Correa (2007-2017), perdeu o cargo em janeiro de 2018 por ausência definitiva, por estar detido desde o inquérito do caso Odebrecht.

Glas e Correa também foram condenados a oito anos de prisão por um esquema de corrupção durante o período em que Correa estava no poder.

A sucessora de Glas, María Alejandra Vicuña, por sua vez, renunciou em dezembro de 2018, devido a uma denúncia de cobrança indevida a seus colaboradores quando era legisladora.

Ela foi condenada a um ano de prisão em janeiro de 2019 e sua sentença foi estendida nesta segunda-feira a dois anos a pedido da Procuradoria. Mas ainda não foi executada por estar em processo de apelação.

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