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Fiocruz negocia mais doses da vacina de Oxford com a Índia

24.jan.2021 - Divulgação/Governo do Rio Grande do Sul
Imagem: 24.jan.2021 - Divulgação/Governo do Rio Grande do Sul
do UOL

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

25/01/2021 10h19Atualizada em 25/01/2021 13h56

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) negocia com o Instituto Serum, da Índia, a aquisição de mais doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19. Na última sexta-feira (22), dois milhões de doses do imunizante chegaram ao Brasil. Segundo a fundação, as negociações ainda estão em andamento e não há prazo para uma resposta.

Inicialmente, a instituição chegou a falar no número de 10 milhões de doses negociadas, mas, depois, decidiu não mais apresentar uma estimativa.

"O processo conta com o apoio do governo da Índia e da AstraZeneca, que vem colaborando em todo o esforço de antecipação das vacinas frente às dificuldades alfandegárias para exportação do IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] na China", diz a nota da Fiocruz. A produção do imunizante ainda não começou no Brasil em razão da falta do IFA, segundo a fundação..

A nota divulgada hoje afirma ainda que "há uma sinalização de 8 de fevereiro para envio da carga, mas ainda sem confirmação, já que a licença para exportação, a ser concedida pelas autoridades chinesas, segue pendente".

Primeira remessa

As doses da vacina de Oxford/AstraZeneca que já estão no Brasil começaram a ser distribuídas aos municípios para que entrem no programa de imunização contra a covid-19.

Por enquanto, a orientação do Ministério da Saúde é para que todos os 2 milhões doses já disponíveis sejam aplicados. Estas doses, aliás, chegaram ao Brasil após uma semana de imbróglio.

Cada pessoa deve tomar duas doses para estar imunizada. A farmacêutica AstraZeneca, que coordenou os estudos sobre a vacina junto à Universidade de Oxford, recomenda que o intervalo entre as doses seja de até 12 semanas.

Veja a seguir o total de doses para cada estado:

  • Rio de Janeiro - 185.000
  • São Paulo - 501.960
  • Ceará - 72.500
  • Amazonas - 132.500
  • Roraima - 4.000
  • Alagoas - 27.500
  • Pernambuco - 84.000
  • Paraná - 86.500
  • Sergipe - 19.000
  • Distrito Federal - 41.500
  • Goiás - 65.500
  • Santa Catarina - 47.500
  • Rio Grande do Sul - 116.000
  • Paraíba - 36.000
  • Espírito Santo - 35.500
  • Bahia - 119.500
  • Mato Grosso - 24.000
  • Rondônia - 13.000
  • Acre - 5.500
  • Mato Grosso do Sul - 22.000
  • Tocantins - 11.500
  • Maranhão - 48.500
  • Piauí - 24.000
  • Pará - 49.000
  • Amapá - 6.000
  • Minas Gerais - 190.500
  • Rio Grande do Norte - 31.500

O UOL somou a distribuição das doses divulgada e o total é de 1.999.960 doses. A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre o motivo da redução em 40 doses ante o total anunciado. Segundo a assessoria, as 40 doses seriam a "perda estipulada" —conceito relativo àquilo que poderia se perder em razão de roubo, extravio ou transporte.

Essas doses foram produzidas pelo laboratório indiano Serum e compradas pelo Ministério da Saúde. Futuramente, a Fiocruz deverá produzir a vacina em seus laboratórios no país.

Além dos dois milhões de doses da vacina de Oxford, já foram disponibilizadas para os estados seis milhões de doses da vacina CoronaVac, importadas da China pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

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