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Quatro civis mortos por mísseis disparados por Israel na Síria (imprensa estatal)

22/01/2021 06h09

Damasco, 22 Jan 2021 (AFP) - Quatro civis, incluindo duas crianças, foram mortos pouco antes do amanhecer na Síria por mísseis disparados por Israel na província central de Hama, informou a agência oficial síria Sana.

Desde a eclosão da guerra na vizinha síria em 2011, o Estado hebreu realizou centenas de ataques contra posições do regime sírio e seus aliados, tropas iranianas e forças libanesas do Hezbollah.

Nesta sexta-feira, a defesa aérea síria "interceptou a maioria" dos mísseis israelenses, mas o ataque resultou na morte de uma família de "um pai, uma mãe e dois filhos" nos arredores da cidade de Hama, de acordo com a agência Sana, citando uma fonte militar.

Quatro pessoas também ficaram feridas, incluindo duas crianças, e três casas destruídas na área, segundo a mesma fonte.

De acordo com uma versão dos fatos do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), civis morreram por "estilhaços de um dos mísseis da defesa antiaérea síria que caíram sobre uma casa em um bairro popular".

Os ataques israelenses "destruíram" cinco posições militares mantidas pelo Exército de Damasco, mas onde combatentes iranianos e membros do Hezbollah estão destacados, segundo o Observatório.

Em Israel, um porta-voz do Exército se recusou a comentar sobre os ataques.

Os últimos bombardeios atribuídos a Israel datam de meados de janeiro. Pelo menos 57 soldados e combatentes pró-regime foram mortos em ataques contra a província de Deir Ezzor, no extremo leste da Síria, o ataque mais mortal já realizado pelos israelenses na guerra da Síria, segundo o Observatório.

Israel garante que não permitirá que a Síria se torne um feudo das forças iranianas. Só em 2020, cerca de 50 alvos foram atingidos, de acordo com um relatório anual divulgado pelo Exército israelense.

Provocada em 2011 pela repressão sangrenta de protestos pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos, com o envolvimento de várias potências estrangeiras e um aumento de facções armadas.

Já ceifou mais de 380.000 vidas e deslocou milhões de pessoas.

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