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União Europeia quer compartilhar vacinas excedentes com países mais pobres

A UE, com uma população de 450 milhões, já garantiu cerca de 2,3 bilhões de vacinas e candidatas de seis empresas - Getty Images
A UE, com uma população de 450 milhões, já garantiu cerca de 2,3 bilhões de vacinas e candidatas de seis empresas Imagem: Getty Images

Francesco Guarascio

Bruxelas

19/01/2021 09h33

A União Europeia quer criar um mecanismo que permita o compartilhamento do excedente de vacinas contra covid-19 com os países vizinhos mais pobres e com a África, disse a chefe de saúde da UE hoje, em um movimento que pode abalar um sistema global liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

A UE, com uma população de 450 milhões, já garantiu cerca de 2,3 bilhões de vacinas e candidatas de seis empresas, embora a maioria delas ainda precise de aprovação regulatória.

"Estamos trabalhando com os Estados membros para propor um mecanismo europeu para compartilhar vacinas além de nossas fronteiras", afirmou a comissária de saúde da UE Stella Kyriakides aos legisladores da UE hoje, confirmando uma reportagem da Reuters de dezembro.

Ela enfatizou que o mecanismo levaria vacinas aos países mais pobres "antes que o Covax esteja totalmente operacional", referindo-se ao esquema global coliderado pela Organização Mundial da Saúde para garantir uma distribuição justa das vacinas contra covid-19 em todo o mundo.

O Covax já está operacional, mas até agora tem tido dificuldades para garantir vacinas. O programa anunciou em dezembro acordos para quase 2 bilhões de doses, mas a maior parte dessas injeções foi prometida por fabricantes de vacinas sob acordos não vinculantes porque o Covax está atualmente sem dinheiro para reservá-las com antecedência.

"As empresas não vão lhe dar doses se você não pagar adiantado", disse um negociador sênior de vacinas da UE sob condição de anonimato, observando que a iniciativa da UE foi resultado do Covax ter ficado aquém das expectativas.

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