Governo Trump declara "genocídio" sobre repressão da China contra os uigures
Por Humeyra Pamuk
WASHINGTON (Reuters) - O governo Trump definiu que a China tem cometido "genocídio e crimes contra a humanidade" ao reprimir os muçulmanos uigures na região de Xinjiang, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, na terça-feira, impondo um revés a Pequim um dia antes da posse do democrata Joe Biden na Presidência dos EUA.
Pompeo afirmou que tomou a decisão --que certamente prejudicará ainda mais os laços já desgastados entre as principais economias do mundo-- "após uma análise cuidadosa dos fatos disponíveis", acusando o Partido Comunista Chinês de crimes contra a humanidade contra os uigures e outras minorias muçulmanas desde pelo menos março de 2017.
"Acredito que esse genocídio está em andamento e que estamos testemunhando a tentativa sistemática de destruir os uigures pelo partido-estado chinês", disse Pompeo em um comunicado.
A China tem sido amplamente condenada por seus complexos de Xinjiang, que descreve como "centros de treinamento vocacional" para erradicar o extremismo e dar às pessoas novas habilidades, e que outros chamam de campos de concentração. A China nega acusações de abuso.
A rara resolução dos EUA ocorre após intenso debate interno depois que o Congresso aprovou legislação em 27 de dezembro exigindo que o governo dos EUA definisse em 90 dias se o trabalho forçado ou outros supostos crimes contra os uigures e outras minorias muçulmanas são crimes contra a humanidade ou um genocídio.
A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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