Com hospitais perto do colapso, Portugal reinicia confinamento com mais rigor
Cerca de 14 alterações, anunciadas na segunda-feira, estão contempladas em um decreto que deverá ser o primeiro aprovado pelo presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, para entrar em vigor. Algumas das medidas são a proibição de permanecer em parques e jardins - onde é permitido passear - e da venda de produtos dentro de estabelecimentos, exceto para levar.
As mudanças, que devem começar a valer a partir da quarta-feira, são ajustes do confinamento iniciado na sexta-feira passada e que, no primeiro fim de semana, gerou dúvidas sobre a eficácia, após muitas pessoas terem circulado pelas ruas.
Esta terça-feira será um tipo de teste para ver se as medidas do governo, que ressaltou a gravidade da situação, impactam o comportamento da sociedade antes mesmo de os ajustes começarem a valer.
O governo pede uma mudança de postura para acabar com as cenas de numerosos grupos de pessoas nas ruas vistas no fim de semana e na segunda-feira.
Alguns cálculos indicam que este confinamento reduziu a mobilidade em apenas 30%, muito abaixo dos quase 70% registrados na primeira vez que os portugueses tiveram que ficar em casa, em março de 2020, para frear a primeira onda, muito mais leve que a terceira onda que agora atinge o país e que tem levado os hospitais à beira do colapso.
Portugal registra mais de cem mortes por covid-19 há 11 dias seguidos, o que não aconteceu nas primeiras ondas. Um novo recorde diário foi estabelecido na segunda-feira: 167 óbitos. Além disso, o país reporta cerca de 10 mil novos contágios por dia.
Esses números têm aumentado a pressão sobre o sistema de saúde do país, onde a quantidade internados aumentou em mais de 80% em apenas 18 dias.
Ao todo, Portugal tem 5.165 pessoas internadas com covid-19 )276 a mais do que na véspera), entre elas 664 em unidades de terapia intensiva (UTI). EFE
cdb/vnm
(foto)
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