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'Prévia do PIB' avança 0,59% em novembro, mas cai 4,15% em um ano, diz BC

Dados do IBC-Br foram divulgados hoje pelo Banco Central - Getty Images
Dados do IBC-Br foram divulgados hoje pelo Banco Central Imagem: Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/01/2021 09h05Atualizada em 18/01/2021 11h33

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), fechou novembro de 2020 com alta de 0,59% na comparação com outubro, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central. Foi o sétimo mês seguido de alta, após a forte retração nos meses de março e abril de 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em relação a novembro de 2019, houve queda de 0,83%. No acumulado de 2020, o índice registra baixa de 4,63%. Em 12 meses, a prévia do PIB encolheu 4,15%.

De outubro para novembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 136,61 pontos para 137,41 pontos na série dessazonalizada (ajustada para o período).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.

O Banco Central também informou que o IBC-Br registrou alta de 4,36% no acumulado do trimestre de setembro a novembro de 2020, na comparação com os três meses anteriores (junho a agosto), pela série ajustada sazonalmente. Por outro lado, o BC informou que o IBC-Br acumulou baixa de 1,61% no trimestre até novembro de 2020 ante o mesmo período de 2019, pela série sem ajustes sazonais.

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Revisões

O Banco Central também revisou hoje dados do IBC-Br anteriores. O IBC-Br de outubro foi de 0,86% para 0,75%, enquanto o índice de setembro foi de 1,68% para 1,76%.

O indicador de agosto passou de 1,63% para 1,58%. No caso de julho, o índice foi de 2,42% para 2,44%. O dado de junho passou de 5,23% para 5,32%, e o de maio foi de 2,15% para 2,06%. Em relação a abril, o BC alterou o indicador de -9,46% para -9,49%. No caso de março, de -6,01% para -6%.

(Com Estadão Conteúdo)

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