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Colômbia: Mulher recebe cão morto após ser obrigada a despachá-lo em voo

María abraçada com Homero, um "valentão americano", morto após o voo da Easyfly - Reprodução/Instagram/@mafe_echeverry18
María abraçada com Homero, um 'valentão americano', morto após o voo da Easyfly Imagem: Reprodução/Instagram/@mafe_echeverry18
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/01/2021 11h56

Uma mulher colombiana está acusando uma companhia aérea de 'matar' seu cachorro de estimação após "colocá-lo no compartimento de carga", onde ele teria morrido de hipóxia, causado pelo congelamento. A promotoria local afirmou que abriu investigações acerca da acusação para elucidar se houve negligência por parte da empresa, que lamentou o ocorrido.

Indignada com o tratamento recebido pela Easyfly, María Echeverry fez um post no Instagram para denunciar a companhia. Nele, a passageira diz estar habituada a viagens de avião e que o voo da quarta-feira (13), com saída de Puerto Asís e destino à Cali, foi o primeiro em que Homero, da raça american bully, não pôde viajar próximo a ela.

María conta que avisou a empresa sobre o cachorro e recebeu a liberação para levá-lo consigo, mas "de última hora" os comissários da Easyfly a "obrigaram a mudar o modo de transporte do mascote".

"Eu insisti e insisti, mas ouvi um retumbante 'não' e poderia ter perdido meu voo. Aí pedi-lhes que me dessem uma solução pois sem ele não viajaria, além disso recomendei e exigi que eles colocassem Homero em local seguro, com a caixa que comprei para ele viajar com conforto", escreveu a passageira no Instagram.

Após o impasse com os funcionários da companhia aérea, María concordou em deixar Homero no compartimento de malas. No entanto, ao chegar em Cali, ela se arrependeu da decisão.

"Infelizmente, quando cheguei ao meu destino, descobri que meu animal de estimação havia falecido. Ele estava debaixo de todas as malas sem vida, não o colocaram bem e não lhe deram espaço suficiente para respirar", relatou María.

O que mais incomodou a mulher foi que Easyfly não deu nenhuma explicação para o incidente: "Eles nem me deram uma explicação para a morte dele, apenas me entregaram como qualquer outro objeto, evitando qualquer tipo de responsabilidade."

Um especialista de transporte de animais, que teria sido consultado por María, confirmou que o avião não deveria ter levado Homero no compartimento de cargas. Segundo ele, após a aeronave atingir 25 mil pés de altura a pressurização no porão não é a mesma que nas cabines, o que gera a queda de temperatura no compartimento.

Caso a hipótese do especialista seja verdadeira, o animal teria passado por uma hipotermia devido à temperatura baixa, e, posteriormente, por uma hipóxia, que se caracteriza quando o corpo não absorve oxigênio o suficiente para se manter ativo.

A EasyFly emitiu um comunicado lamentando a morte do animal, mas também se defendeu dizendo que María não apresentou provas de que Homero tinha as vacinas ou a documentação necessária para ser levado a bordo.

A denúncia de María deu o que falar nas redes sociais e chamou a atenção da mídia colombiana. Conforme divulgado pelo jornal local El Heraldo, a promotoria nacional já abriu investigações sobre possíveis crimes cometidos pela Easyfly.

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