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Virologista recua e diz que variante brasileira não chegou ao Reino Unido

Coronavírus tem passado por mutações no mundo todo - iStock
Coronavírus tem passado por mutações no mundo todo Imagem: iStock
do UOL

Colaboração para o UOL

15/01/2021 08h58Atualizada em 15/01/2021 10h34

Wendy Barclay, importante virologista britânico, deu informações contraditórias sobre a nova variante brasileira do coronavírus. Primeiro ela disse que tinha encontrado essa variante no Reino Unido, mas depois voltou atrás e negou.

Wendy falou sobre isso durante uma reunião do novo grupo de pesquisa, G2P-UK, que foi formado pelo Reino Unido para estudar novas variantes naquele país.

"Existem dois tipos diferentes de variantes brasileiras. E um deles foi detectado no Reino Unido. Nos bancos de dados, se você pesquisar as sequências, verá que existem algumas evidências de variantes de todo o mundo e, creio eu, inclusive da brasileira, que provavelmente foi introduzida há algum tempo. E isso será rastreado com muito cuidado", afirmou inicialmente Barclay.

Depois ela emitiu um comunicado para negar a informação. "A nova variante brasileira, que foi detectada em viajantes que iam ao Japão, não foi detectada no Reino Unido. Outras variantes que podem ter se originado do Brasil foram encontradas anteriormente", esclareceu Barclay.

As variantes de coronavírus estão sendo identificadas no mundo todo, principalmente por causa desse banco de dados citado por Barclay, onde as informações do vírus são registradas e podem ser consultadas por países do mundo todo. Uma das variantes mais alarmantes foi identificada justamente no Reino Unido, no final do ano passado.

Barclay também alertou que estudos sugerem que a variante brasileira "pode impactar a forma como os anticorpos de algumas pessoas veem o vírus". Isso aumentaria o risco de reinfecção e causaria "grandes implicações"

Ontem o Reino Unido proibiu a entrada de passageiros vindos do Brasil, assim de outros países sul-americanos e também de Portugal.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz Amazônia afirmaram na terça-feira que a nova variante brasileira provavelmente surgiu no Amazonas entre dezembro e janeiro, e disseram que pode estar contribuindo para a aceleração de casos no estado, que enfrenta uma severa crise, inclusive com falta de oxigênio para atendimento nos hospitais.

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