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Vacina da Moderna gera ao menos três meses de imunidade, segundo estudo

Estudo realizado em 34 participantes desde o início dos ensaios clínicos - Freepik
Estudo realizado em 34 participantes desde o início dos ensaios clínicos Imagem: Freepik

03/12/2020 18h35

A vacina da Moderna contra a covid-19 gerou anticorpos que persistiram por 90 dias após a inoculação, uma boa notícia enquanto sua autorização em vários países está sendo estudada, indicou um estudo realizado em 34 participantes desde o início dos ensaios clínicos, publicado hoje no New England Journal of Medicine.

A duração da proteção é, sem dúvida, mais longa, mas esses são os primeiros dados em um período de vários meses validados de forma independente por uma revista científica.

Os participantes serão acompanhados por 13 meses para verificar a imunidade a longo prazo, dizem os autores.

Pesquisadores do National Institutes of Health avaliaram o nível de dois tipos de anticorpos contra o coronavírus 90 dias após a segunda dose da vacina, que por sua vez foi administrada 28 dias após a primeira.

Eles observaram uma diminuição "leve" e esperada no nível de anticorpos em participantes vacinados, mas a um grau que permaneceu alto e acima da imunidade natural revelada em pacientes que foram infectados com a covid-19 e se recuperaram.

Além disso, nenhum efeito colateral sério foi observado no chamado ensaio de fase 1, que começou em março.

Os anticorpos são apenas um componente da resposta imunológica, junto com os linfócitos B (memória imunológica, produção de anticorpos) e T (que matam as células infectadas).

Os pesquisadores observam que os dados sobre as células de memória imunológica ainda não são conhecidos.

Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, afirmou recentemente à AFP que tinha "certeza" de que a memória imunológica criada pela vacina duraria algum tempo.

"Não sabemos se será um, dois, três ou cinco anos, não sabemos", disse. Só o tempo poderá dizer.

"São notícias muito positivas no geral", acrescentou Benjamin Neuman, professor da Texas A&M University, nesta quinta-feira à AFP, referindo-se ao novo estudo, observando que mesmo em idosos a resposta imunológica permaneceu "razoavelmente forte".

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