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Reino Unido decide aplicar vacina da Pfizer/BioNTech no país a partir da próxima semana

02/12/2020 05h05

O Reino Unido se tornou o primeiro país da Europa ocidental a aprovar a licença para a vacina contra o coronavírus. O governo britânico anunciou nesta quarta-feira (2) que as imunizações podem começar na próxima semana. 

"O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Independente de Regulamentação de Medicamentos e dos Produtos de Saúde para aprovar a utilização da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech", declarou um porta-voz do Ministério da Saúde do Reino Unido. Segundo ele, a vacina estará disponível em todo o país a partir da próxima semana. 

A autorização ocorre "após meses de testes clínicos rigorosos e uma análise profunda dos dados de especialistas da Agência Independente de Regulamentação de Medicamentos e dos Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês), reiterou o porta-voz. Segundo ele, os especialistas concluíram que "a vacina respondia às normas estritas de segurança, qualidade e eficácia".

No Twitter, o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, comemorou a notícia. "O Reino Unido é o primeiro país no mundo a dispor de uma vacina aprovada clinicamente", publicou. 

Em comunicado, o diretor-geral da Pfizer, Albert Bourla, festejou o anúncio como "um momento histórico". "Essa autorização é um objetivo sobre o qual estamos trabalhando desde que declaramos que a ciência venceria", afirmou. O executivo também felicitou a Agência Independente de Regulamentação de Medicamentos e dos Produtos de Saúde (MHRA, sigla em inglês) "por sua habilidade em conduzir uma avaliação cuidadosa e reagir rapidamente para ajudar a proteger as pessoas do Reino Unido".

Aprovação emergencial

A vacina foi autorizada de maneira emergencial pela MHRA, a frente das decisões sobre as imunizações nos Estados Unidos e na Europa. O organismo recebeu autorização do governo britânico para aprovar o medicamento sob condições especiais antes de 1° de janeiro, quando, em teoria, o Brexit entra em vigor e o país estará desligado da União Europeia. 

Segundo a Pfizer, as primeiras doses da vacina chegarão no Reino Unido nos próximos dias. O governo britânico comprou 40 milhões de doses da imunização cujos testes clínicos mostraram uma eficácia de 95%. 

As autoridades afirmaram que, em um primeiro momento, a prioridade será vacinar os idosos que vivem em casas de repouso, juntamente com os profissionais que trabalham nesses locais. O segundo grupo serão as pessoas com idades acima dos 80 anos e os funcionários dos sistema público de saúde do Reino Unido, o NHS. 

Autorização da vacina na União Europeia

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou na terça-feira (1) que fará uma reunião extraordinária em 29 de dezembro, "no mais tardar", para decidir se autoriza a comercialização da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech e o grupo farmacêutico americano Pfizer.

"Se os dados apresentados forem suficientemente sólidos para se chegar a uma conclusão sobre a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina, a EMA concluirá sua avaliação" até essa data, afirmou a agência em um comunicado. Outra reunião prevista para ocorrer até 12 de janeiro deve examinar o pedido de comercialização do laboratório americano Moderna para sua vacina, indicou a EMA em outra nota.

Os resultados finais do ensaio clínico de fase 3 com o imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech apontaram 95% de eficácia na prevenção contra a Covid-19. Informações divulgadas pelo grupo americano em 18 de novembro revelaram que das 43 mil pessoas que participaram dos testes, houve apenas 170 contaminações, sendo 162 de voluntários do grupo placebo, que não receberam a vacina. Entre aqueles que foram vacinados, apenas oito pessoas foram contaminadas pelo vírus Sars-CoV-2.

A proteção também se mostrou eficiente na população de mais de 65 anos. No grupo mais vulnerável à Covid-19, a vacina teve eficiência de 94%.

 

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