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Maia ironiza Moro para 2022: 'Agora é consultor para a Odebrecht'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/11/2020 16h42Atualizada em 30/11/2020 18h23

Avaliando possíveis candidatos ao Palácio do Planalto que podem surgir em 2022, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), citou os nomes de Luciano Huck, do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Ciro Gomes (PDT). O deputado descartou o ex-ministro Sergio Moro, ironizando sua nova ocupação no setor privado.

"Agora o Moro é consultor de uma empresa que inclusive, pelo que vi no jornal, presta serviço para a Odebrecht. Acho que ele já está encaminhado no setor privado", disse Maia durante participação no UOL Entrevista. O ex-juiz federal se tornou sócio-diretor da Alvarez & Marsal, onde trabalhará no desenvolvimento de políticas antifraude e corrupção, segundo ele mesmo anunciou em suas redes sociais.

O presidente da Câmara também defendeu a criação de alianças e uma frente de centro, que, segundo ele, é muito mais complexa que as de direita ou de esquerda. "[Uma aliança de centro] Representa a capacidade de diálogo para abrir mão de certas convicções para que se possa construir uma candidatura forte, com apoio parlamentar. Esse foi o recado que saiu das urnas [em 2020]", acrescentou.

Na visão do deputado, partidos como o Progressistas, o PL e o PSD, que hoje integram o centrão, estão mais perto de um projeto de presidente da República. Agora, completou Maia, seria preciso conquistar partidos mais à esquerda, como PSB e PDT, para a construção de uma frente realmente ampla.

"Eu acho que seria histórico e um ganho para o Brasil juntar esses partidos que têm uma densidade no Parlamento, tentando um projeto de país com convergências na economia. Seria o ponto mais difícil para chegar em um país com menos desigualdade e educação de melhor qualidade, e isso caminha em uma certa convergência. A votação do Fundeb provou isso", lembrou.

Além de Huck, Doria e Ciro, o deputado ainda citou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), seu correligionário. "Nomes, todos os partidos têm. O importante é saber se a gente conseguiria criar um projeto de país, de modernização do Estado brasileiro, e gerar convergência entre todos estes campos", avaliou Maia.

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