Biden nomeia Janet Yellen, primeira mulher à frente do Tesouro Americano
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (30) a ex-presidente do Federal Reserve (Fed) como a nova secretária do Tesouro. Se confirmada, Janet Yellen será a primeira mulher na função em seus 231 anos de história.
A indicação de Yellen, 74 anos, foi anunciada com vários nomes que completarão a equipe econômica de Biden assim que ele assumir o cargo, em 20 de janeiro de 2021. O presidente eleito também disse na segunda-feira que Neera Tanden, presidente do "think tank" Center for American Progress, será nomeada para chefiar o Escritório de Administração e Orçamento. Wally Adeyemo, um ex-vice-conselheiro de Segurança Nacional, será o subsecretário do Tesouro, acrescentou a equipe de transição.
Yellen fez história como a primeira presidente do Fed e seu principal desafio será o de revitalizar a economia americana atingida pela crise do coronavírus. "À medida que começamos a trabalhar para controlar o vírus, esta é a equipe que fornecerá assistência financeira imediata ao povo americano durante esta crise econômica e nos ajudará a reconstruir nossa economia melhor do que nunca", disse Biden em um comunicado.
Contração do PIB
Os Estados Unidos sofreram uma forte contração em seu Produto Interno Bruto (PIB) anual e perderam dezenas de milhões de empregos na luta contra o maior surto de coronavírus do mundo. Yellen provavelmente terá de superar o impasse no Congresso para aprovar mais ajuda. Segundo analistas, a medida é necessária para evitar mais danos econômicos.
A ex-chefe do Fed tem experiência no mercado trabalhista, uma habilidade valorizada em um momento de crise, quando a pandemia dobrou o desemprego nos Estados Unidos para 6,9%, (3,6% em fevereiro).
Yellen também tem o respeito dos legisladores que lembram de seus esforços para normalizar a política monetária do Fed, após a crise financeira global de 2008. Próxima à elite econômica progressista, ela foi além de Biden ao exigir um imposto sobre as emissões de carbono para combater as mudanças climáticas. "Precisamos de políticas públicas que visem a fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas", disse.
(Com informações da AFP)
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