Museu de Londres reunirá relatos de sonhos de britânicos na pandemia
De acordo com o museu, a vida dos habitantes de Londres não mudou apenas no cotidiano devido à pandemia, mas também "em relação a como dormimos e sonhamos". Chamado de Guardiões do Sono, o projeto irá coletar sonhos na forma de história oral, além de analisar o que os sonhos podem dizer sobre saúde mental, e maneiras de como lidar com o estresse externo, especialmente em tempos de crise.
Até 15 de janeiro, voluntários poderão se inscrever para participar do projeto, que é desenvolvido em parceria com o Museu dos Sonhos da Universidade de Western, no Canadá. Em fevereiro, os selecionados serão convidados para conversar sobre seus sonhos com uma equipe internacional de especialistas.
Segundo a curadora digital do Museu de Londres, Foteini Aravani, a gravação dos sonhos permitirá não somente "documentar uma experiência fundamental compartilhada da pandemia", mas também ampliar a definição de "objeto de museu".
"Iremos colecionar histórias orais em primeira pessoa com o objetivo de fornecer uma narrativa mais emotiva e pessoal deste tempo para futuras gerações", acrescentou Aravani.
Sonhos mais vívidos do que o normal, pesadelos desconcertantes, insônia ou cansaço ao acordar são experiências frequentes após a chegada do coronavírus, segundo o levantamento do King's College London e da empresa de pesquisa de mercado Ipsos MORI que inspirou o projeto do museu.
O levantamento, que ouviu 2.254 britânicos no final de maio, descobriu que 63% dos entrevistados sofreram algum distúrbio do sono desde o início do confinamento no Reino Unido, em 23 de março. A pesquisa questionou os entrevistados sobre os tipos de alterações do sono mais frequentes.
Quando o projeto do museu estiver concluído, será possível saber não somente como os britânicos dormiram na pandemia, mas o que eles sonharam a partir do momento em que se viram obrigados a ficar confinados em casa.
CN/efe/afp
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