Estratégias chinesas representam oportunidade para ampliar relações, diz Mourão
"O governo chinês identifica com clareza a nova dinâmica da economia mundial que alia crescimento econômico e sustentabilidade", afirmou o vice-presidente da República.
Em sua fala, ele ressaltou a "complementaridade" das economias do Brasil e da China. Segundo ele, as relações entre os dois países se baseiam em oportunidade e estratégia. "Novas estratégias chinesas de economia circular e sustentabilidade representam oportunidade para ampliarmos nossas relações econômicas", disse.
O vice-presidente afirmou que a parceria com a China contribuiu para o aumento da produtividade do agronegócio brasileiro ao longo dos anos, mas ponderou que é preciso analisar novas oportunidades de intensificar relações em outros setores. "Precisamos agora lançar o olhar para o futuro para ampliar e diversificar relações existentes", declarou.
Nesta quinta-feira, o CEBC lança um estudo sobre as relações entre os dois países, que sugerem a negociação de acordos comerciais e a ampliação da presença de representantes de instituições brasileiras no país asiático. Entre outros pontos, o estudo indica a necessidade de ampliar e reforçar a presença institucional brasileira na China.
Mourão é o representante brasileiro na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e participa do lançamento.
Declarações de Eduardo Bolsonaro
Na chegada à Vice-Presidência no período da manhã, Mourão minimizou declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro. Elas sugeriram que a China praticaria espionagem por meio de sua rede de tecnologia 5G.
O filho do presidente apagou a publicação em suas redes sociais com as acusações. A embaixada da China reagiu ao ocorrido e afirmou em nota que as declarações do deputado "além de desrespeitarem os fatos da cooperação sino-brasileira e do mútuo benefício que ela propicia, solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil".
Sobre o assunto, Mourão disse que a posição do filho do presidente se trata apenas de uma "declaração" e que a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, presidida por Eduardo Bolsonaro no ano passado, não faz parte do governo.
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