Topo
Notícias

Black Friday: brasileiro busca iPhone, mas quer celular de até R$ 1.999

Unsplash
Imagem: Unsplash
do UOL

Guilherme Tagiaroli

De Tilt, em São Paulo

26/11/2020 17h26

Boa parte dos brasileiros quer um iPhone nesta Black Friday, mas nem todos estão dispostos a pagar os preços praticados pela marca. Este poderia ser o resumo de pesquisas divulgadas pelo Google sobre intenção de compras na data, que acontece nesta sexta-feira (27).

O anúncio reúne informações de dois levantamentos: um para saber quais eram os itens mais desejados para esta Black Friday —feito pelo instituto de pesquisas Provokers a pedido do Google— e outro com detalhes de desejo de compra de celulares, feito pela própria companhia, incluindo preços e modelos.

De cara, o produto com maior intenção de compra foi o celular, com 38% dos respondentes da pesquisa informando que desejavam comprar um aparelho novo nesta Black Friday.

Expectativa versus realidade

O levantamento do Google com os dez modelos de celular mais buscados entre 9 e 12 de outubro no Brasil são (em ordem alfabética) - empresa não detalhou quais foram as maiores ocorrências:

  • A71 (no caso, o Galaxy A71)
  • iPhone 7
  • iPhone 7 Plus
  • iPhone 8
  • iPhone 8 Plus
  • iPhone 11
  • iPhone 12
  • iPhone X
  • iPhone XR
  • Xiaomi Redmi Note 8

É interessante que dos dez modelos, oito são iPhones. Fora do mundo Apple, temos as referências do Galaxy A71 e o Xiaomi Redmi Note 8. Claramente, existe um desejo pelo smartphone da companhia da maçã, mas isso contrasta com o quanto as pessoas estão dispostas a gastar.

De acordo com o Google, a previsão de gastos em smartphones entre os respondentes é a seguinte:

  • 30% desejam gastar até R$ 999
  • 31% desejam gastar entre R$ 1.000 e R$ 1.999
  • 7% desejam gastar entre R$ 2.000 e R$ 2.999
  • 3% desejam gastar entre R$ 3.000 e R$ 3.999
  • 4% desejam gastar mais de R$ 4.000
  • 25% não sabem quanto vão gastar

O curioso é que a maioria (61%) não deseja passar dos R$ 1.999. Este é o valor aproximado para compra em alguns varejistas de um iPhone 7, que foi lançado há quatro anos e com um estoque baixo hoje em dia. Já o iPhone 7 Plus é encontrado apenas como aparelho de segunda mão.

O iPhone 8 e o iPhone 8 Plus ainda são encontrados em estoque em algumas lojas online, mas o valor deles começa em R$ 3.599.

Dos aparelhos da linha atual da Apple e que constam na lista do Google sobram o iPhone XR (encontrado por a partir de R$ 3.500; na loja oficial começa em R$ 4.999) e o recém-lançado iPhone 12 (achado no varejo por até R$ 6.159 à vista; na loja oficial por R$ 7.999). É interessante que o iPhone SE, pensado para ser uma alternativa menos cara da companhia, não pintou entre os mais buscados no Google.

A diferença entre o que as pessoas buscam (ou desejam) e o que elas compram é grande. Isso porque, segundo dados da consultoria Canalys do terceiro trimestre deste ano, a empresa que mais vendeu smartphones no Brasil foi a Samsung com 54% das unidades comercializadas; seguida da Lenovo com os smartphones Motorola (23%), Apple (7%) e Xiaomi (4%).

No fim das contas, Samsung e Motorola acabam dominando as vendas por terem maior opção de dispositivos e grande diversidade de preços. De acordo com dados do segundo trimestre de 2020 da consultoria IDC, o preço médio do smartphones no Brasil foi de R$ 1.539.

Confiança na marca e avaliação de produtos importam

Ainda que o preço seja um fator importante na compra do celular, a pesquisa do Google cita outros fatores que os consumidores levarão em conta nesta Black Friday: 51% citaram a confiança na marca; 41% mencionaram as avaliações de produto e 40% disseram avaliar o valor do frete.

Por fim, o levantamento também quis saber como os respondentes planejam usar o smartphone. O estudo cita como as atividades mais citadas:

  • 57% - estudo e trabalho
  • 43% - assistir vídeo no YouTube
  • 41% - ouvir música
  • 39% - jogar games
  • 37% - assistir vídeos e séries
  • 22% - assistir programas de TV

A pesquisa realizada pela Provokers foi realizada entre os dias 14 e 21 de outubro com 1.500 pessoas das classes ABC. Já o levantamento de buscas pelo Google foi feito entre 9 e 12 de outubro com 500 consumidores.

Notícias