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Pandemia se alastra e Biden e Trump planejam Ação de Graças discreta

Donald Trump e Joe Biden celebrarão data de modo discreto este ano - Reuters/EPA
Donald Trump e Joe Biden celebrarão data de modo discreto este ano Imagem: Reuters/EPA

26/11/2020 09h17

O presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, e o presidente republicano, Donald Trump, planejavam comemorações de Ação de Graças discretas em casa, como milhões de norte-americanos, enquanto a pandemia de coronavírus se alastra no país.

O ex-vice-presidente Biden passaria o feriado na pequena cidade litorânea de Rehoboth, no Delaware, onde ele e a esposa, Jill, têm uma casa de férias. Os Biden devem receber a filha, Ashley Biden, e seu marido, o doutor Howard Krein, para a ceia de Ação de Graças.

Este ano será uma exceção rara da tradição de décadas dos Biden de se reunirem com a família estendida no dia de Ação de Graças, normalmente na ilha de Nantucket, no litoral do Massachusetts. Em um discurso pré-feriado feito na quarta-feira, Biden disse que há 40 anos sempre viaja para o dia de Ação de Graças, exceto no ano posterior à morte de seu filho Beau, em 2015.

Ele aludiu a este luto no discurso de estilo presidencial a uma nação que já perdeu mais de 260 mil vidas ao coronavírus.

"Lembro daquele primeiro dia de Ação de Graças, a cadeira vazia, o silencio. Nocauteia você. É realmente difícil se importar. É difícil agradecer", contou.

Para Trump, esta quinta-feira foi muito diferente do ano passado, quando fez uma visita surpresa ao Afeganistão, encontrou-se com o presidente Ashraf Ghani e serviu peru a alguns soldados dos EUA antes de jantar com eles.

Trump gosta de comemorar feriados com frequência em sua estância de Mar-a-Largo, na Flórida, mas nesta quinta-feira ele se programou para permanecer na Casa Branca. Contrastando com Biden, que exortou os compatriotas a comemorarem o feriado com segurança usando máscaras e praticando o distanciamento social, Trump incentivou os norte-americanos a "se reunirem" em sua proclamação de Ação de Graças.

"Incentivo todos os americanos a se reunirem, em casas e locais de culto, para oferecer uma oração de agradecimento a Deus por nossas muitas bênçãos", disse o presidente, ele mesmo infectado e recuperado da Covid-19 no mês passado, em um comunicado.

Trump ignora com frequência os alertas de saúde pública, recebeu grupos grandes na Casa Branca e muitos de seus convidados se recusaram a usar máscaras. Além dele, vários outros norte-americanos proeminentes, como a primeira-dama, Melania Trump, e membros do Congresso foram diagnosticados com Covid após tais eventos.

As mortes por Covid-19 passaram de 2 mil em um único dia na terça-feira pela primeira vez desde maio, e as hospitalizações atingiram um recorde de mais de 89 mil na quarta-feira.

(Por Simon Lewis, Jeff Mason e Patricia Zengerle)

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