ONG denuncia que 26.025 crianças foram mortas ou mutiladas em conflito afegão
"Entre 2005 e 2019, ao menos 26.025 crianças foram assassinadas ou mutiladas no Afeganistão, uma média de cinco a cada dia nos últimos 14 anos", informou a ONG.
Os números revelam as terríveis consequências de décadas de conflito armado para as crianças afegãs, disse a organização sem fins lucrativos, que considerou os dados "impactantes".
"Imagine viver com o medo constante de que hoje seu filho pode morrer em um ataque suicida ou em um ataque aéreo. Esta é a triste realidade para dezenas de milhares de pais afegãos cujos filhos foram mortos ou feridos", disse Chris Nyamandi, diretor da Save the Children no Afeganistão, no relatório.
A pandemia de Covid-19 também contribuiu para exacerbar as necessidades humanitárias no Afeganistão, onde estima-se que 7 milhões de crianças estejam "necessitando de assistência urgente", incluindo 3 milhões de crianças menores de cinco anos que estão sofrendo de desnutrição.
Na conferência de doadores realizada nesta semana em Genebra, a Save the Children se juntou aos apelos para aumentar o financiamento humanitário para o Afeganistão, enquanto o programa da ONU arrecadou apenas 42% dos recursos de ajuda destinados ao Afeganistão.
"A conferência desta semana é um momento crucial para os governos doadores reafirmarem seu apoio ao Afeganistão e a suas milhões de crianças, em um momento em que se necessita mais do que nunca", disse Nyamandi.
Na abertura da Conferência do Afeganistão de 2020, a Save the Children insistiu para que a comunidade internacional aumente o financiamento para a educação, especialmente para a educação de meninas.
No Afeganistão, 3,7 milhões de crianças, quase 60% delas meninas, não estão na escola. Só entre 2017 e 2019, houve mais de 300 ataques a escolas, ferindo ou matando pelo menos 410 alunos e professores, relatou a organização.
O governo afegão tenta estabelecer um diálogo para um acordo de paz com o Talibã que proporcione uma solução política para a guerra de 19 anos.
Embora tanto o governo de Cabul quanto os insurgentes tenham negociado em Doha há mais de dois meses, os negociadores reconheceram que não fizeram nenhum progresso até agora.
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