Topo
Notícias

Esse conteúdo é antigo

Escola belga afasta professor por mostrar caricaturas de Maomé

Edição do dia 2 de setembro do jornal Charlie Hebdo, que volta a publicar charges de Maomé. A data marca também o início do julgamento dos suspeitos do atentado contra a redação em 2015 - Divulgação
Edição do dia 2 de setembro do jornal Charlie Hebdo, que volta a publicar charges de Maomé. A data marca também o início do julgamento dos suspeitos do atentado contra a redação em 2015 Imagem: Divulgação

Da EFE, em Bruxelas (Bélgica)

30/10/2020 17h14

Uma escola pública da cidade de Molenbeek, na Bélgica, suspendeu um professor por mostrar aos alunos as caricaturas de Maomé publicadas pela revista satírica francesa "Charlie Hebdo".

O professor, que dava aulas para alunos de 11 e 12 anos, sugeriu que os que não quisessem ver a caricatura deveriam virar a cabeça, de acordo com o jornal belga "DH".

A socialista Catherine Moureaux, prefeita dessa cidade que fica na região de Bruxelas e tem muitos imigrantes muçulmanos entre seus habitantes, disse ao portal "Bx1" que o professor foi afastado, mas negou que o motivo fosse religioso.

"Ele obviamente não foi suspenso por ter mostrado uma caricatura de Maomé, mas por ter mostrado obscenidades a jovens alunos", afirmou.

A decisão foi tomada duas semanas depois de o professor Samuel Paty ser decapitado por um radical islâmico nos arredores de Paris, na França, por também mostrar a seus alunos a caricatura para abordar a questão da liberdade de expressão.

Georges-Louis Bouchez, presidente do partido liberal belga MR - o mesmo da ministra das Relações Exteriores, Sophie Wilmés, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel -, criticou a decisão de afastar o professor.

"Espero que esta decisão não seja real. Se for verdadeira, seria simplesmente inaceitável e intolerável. A liberdade de expressão não é negociável. Estarei particularmente vigilante", declarou Bouchez no Twitter.

Notícias