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Chefes militares de China e EUA debateram crise de comunicação, diz ministério chinês

29/10/2020 11h07

PEQUIM (Reuters) - Os chefes militares da China e dos Estados Unidos debateram a crise de comunicação bilateral nesta semana em meio às tensões elevadas deste ano entre as duas superpotências militares no Mar do Sul da China, e os EUA negaram uma reportagem sobre um possível ataque com drone.

A conversa, ocorrida dias antes das eleições norte-americanas, se deu quando o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, fazia uma turnê pela Ásia com o secretário de Estado, Mike Pompeo, durante a qual exortaram países a cooperarem com Washington para confrontar as ameaças de segurança representadas pela China --uma postura que Pequim criticou por ver como uma mentalidade da Guerra Fria e uma abordagem de soma zero.

Militares chineses e norte-americanos realizaram uma reunião por videoconferência a respeito da crise de comunicação nos dias 28 e 29 de outubro, disse o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, nesta quinta-feira.

De acordo com Wu, Esper negou uma reportagem segundo a qual os EUA estudam um plano para atacar ilhas e recifes chineses no Mar do Sul da China usando um drone MQ-9 caso a eleição presidencial norte-americana não esteja parecendo favorável ao presidente Donald Trump.

Esper disse que os EUA "não têm intenção de criar uma crise militar com os chineses", de acordo com Wu.

"Exortamos os EUA a falarem e fazerem, manterem sua promessa e adotarem medidas para evitar provocar os militares da China no ar e no mar", disse Wu, acrescentando que seu país contra-atacará resolutamente se provocado com um ataque.

(Por Yew Lun Tian)

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