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Ativista de 19 anos é acusado de 'secessão' em Hong Kong

29/10/2020 06h31

Hong Kong, 29 Out 2020 (AFP) - Um ativista de Hong Kong de 19 anos foi acusado nesta quinta-feira de "secessão", tornando-se a primeira personalidade política a ser processada em virtude da lei de segurança nacional imposta pela China no território semiautônomo.

Dois dias após ser preso em uma cafeteria localizada em frente ao consulado americano em Hong Kong, Tony Chung foi acusado por um tribunal de secessão, lavagem de dinheiro e conspiração para publicar conteúdo sedicioso.

Ele era membro de um grupo conhecido como "Student Localism", que pede a independência de Hong Kong da China continental.

Este grupo foi dissolvido pouco antes da entrada em vigor da lei de segurança nacional no fim de junho, mas as unidades internacionais seguem ativas.

A lei estabelece uma série de novos crimes, incluindo a expressão de opiniões políticas como a defesa da independência ou de maior autonomia para Hong Kong.

Chung e outros três membros do "Student Localism" foram detidos pela primeira vez em julho por uma nova unidade policial responsável por aplicar a lei de segurança nacional.

Eles eram suspeitos de incitar a secessão por meio de publicações nas redes sociais.

Na manhã de terça-feira, Chung foi detido por policiais à paisana a poucos metros do consulado americano.

Um grupo até agora desconhecido, "Friends of Hong Kong", publicou um comunicado no qual afirma que tentou organizar, no mesmo dia, a entrada do ativista no consulado dos Estados Unidos para a solicitação de asilo.

Chung permaneceu detido até ser levado nesta quinta-feira ao tribunal.

O pedido de liberdade sob fiança foi negado.

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