Ataque deixa três mortos em basílica de Nice, na França
Segundo a polícia, uma mulher foi decapitada dentro da igreja.
As outras vítimas são um homem e outra mulher, sendo que o primeiro teria sido degolado. O autor do atentado, ainda não identificado, foi preso.
"Tudo deixa supor que houve um atentado terrorista no coração da Basílica de Notre-Dame", disse o prefeito de Nice, Christian Estrosi, do partido conservador Os Republicanos, falando também em "fascismo islâmico".
Ainda de acordo com o prefeito, o suspeito repetia a frase "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) quando era retirado da igreja. Estrosi também solicitou que todos os outros lugares de culto em Nice sejam fechados os postos sob vigilância.
O Ministério do Interior da França pediu para as pessoas evitarem a zona do ataque, e o premiê Jean Castex deixou a Assembleia Nacional para se juntar à unidade de crise do governo.
O caso é investigado pelo departamento antiterrorismo do Ministério Público. Em entrevista à emissora francesa BFM, o padre Gil Florini contou que as autoridades eclesiásticas foram alertadas há "dois ou três dias" sobre o risco de ataques na proximidade da Festa de Todos os Santos, em 1º de novembro.
"Estávamos em alerta, mas não pensávamos que poderia acontecer deste modo", acrescentou. Já o Conselho Francês do Culto Muçulmano publicou uma mensagem no Twitter condenando "com força" o atentado.
"Em sinal de luto e solidariedade às vítimas e seus parentes, convidamos os muçulmanos da França a anularem todas as festividades do Mulude [ocasião que celebra o nascimento do profeta Maomé]", diz o texto.
O ataque acontece 13 dias depois da decapitação do professor francês Samuel Paty, alvo do terrorismo jihadista por ter exibido charges de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
Após o crime, o presidente Emmanuel Macron defendeu a publicação das caricaturas e abriu uma crise com o mundo islâmico, com diversos países muçulmanos, incluindo Turquia, Irã e Paquistão, protestando contra o líder francês.
Nice já havia sido atingida pelo jihadismo em 14 de julho de 2016, quando um tunisiano lançou um caminhão contra a multidão que celebrava o Dia da Bastilha, matando 86 pessoas.
Condolências - Em mensagem no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou que o país expressa "profundas condolências pelo bárbaro atentado de Nice". "Estamos ao lado do povo francês e da dor das famílias das vítimas. A Itália repudia todo tipo de extremismo e permanece com a França na luta contra o radicalismo violento", escreveu o chanceler.
(ANSA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.