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Restaurante na Itália é interditado após 'protesto' do dono

27/10/2020 09h05

ANCONA, 27 OUT (ANSA) - A polícia de Pesaro, na Itália, interditou um restaurante local que desafiou o decreto com as regras sanitárias para frear a disseminação do coronavírus Sars-CoV-2 e que reunia mais de 90 pessoas em uma mesa após as 18h. O novo decreto nacional permite apenas quatro pessoas por mesa e determina o fechamento dos estabelecimentos a partir das 18h.   

Conforme as autoridades, o dono tentou impedir a entrada dos agentes, que precisaram entrar por uma porta lateral. Dentro do restaurante, os participantes do "protesto" contra o decreto nacional ironizaram os policiais, pedindo para eles se sentarem à mesa também. Além de não respeitar o decreto atual, os clientes estavam sem máscaras e sem respeitar o distanciamento social.   

"Vocês podem me prender, mas eu não fecharei jamais", gritou o dono do estabelecimento aos agentes.   

Após a divulgação da interdição, o prefeito da cidade, Matteo Ricci, criticou a postura do dono do local e disse que o dono quis fazer as autoridades de "palhaços".   

"Isso é um fato gravíssimo. Uma coisa é se manifestar legitimamente e pacificamente e uma outra coisa é fazer essas palhaçadas perigosas contra a lei. Polícia Local, Polícia de Estado e Carabineiros estão no local e eu também pedi ao líder regional a máxima dureza contra um comportamento desses. Em Pesaro, a lei é sempre respeitada, ainda mais em uma pandemia", disse Ricci.   

A referência à manifestação era porque, a poucos metros do local, centenas de pessoas se reuniam em praça pública para pedir a revogação do decreto. "Entre outras coisas, com essa iniciativa infeliz, há o risco de estragar a manifestação de tantas pessoas que expressaram na praça o próprio descontentamento e o medo em relação ao futuro", finalizou.   

No último domingo (25), o governo italiano baixou um novo decreto que prevê o fechamento de bares e restaurantes a partir das 18h, entre outros pontos, para tentar frear o avanço dos novos casos de Covid-19. Há dois dias, em diversas cidades do país, há manifestações contrárias à decisão. (ANSA).   

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