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Paris: região em torno do Arco do Triunfo é esvaziada após alerta de bomba

Getty Images
Imagem: Getty Images

27/10/2020 14h50Atualizada em 27/10/2020 15h23

Toda a região ao redor do Arco do Triunfo, no oeste de Paris, foi bloqueada e esvaziada na tarde desta terça-feira (27) depois que a polícia emitiu um alerta de bomba. No início da noite, as autoridades informaram que se tratava de uma falsa ameaça.

Um vasto perímetro de segurança foi estabelecido ao redor do monumento, que fica na Praça de l'Etoile, e na avenida Champs-Elysées. As forças de ordem foram acionadas e realizaram buscas durante mais de duas horas no local, antes de finalizar as operações.

A circulação foi afetada em ao menos três distritos da capital francesa, 8°, 16° e 17°. No Twitter, a RATP, rede de transportes públicos da capital, indicou que o tráfego havia sido interrompido nas linhas 1, 2 e 6 do metrô, bem como no trem RER A. Os transportes voltaram a funcionar normalmente perto das 18h de Paris (14h de Brasília).

Nas redes sociais, internautas postaram fotos e vídeos da operação policial. "Praça de l'Etoile esvaziada em Paris, tráfego de metrôs interrompidos. A polícia bloqueou o acesso em várias avenidas parisienses, como aqui na Champs Elysées", publicou uma usuária do Twitter junto a uma foto do Arco do Triunfo.

Saco de munições abandonado

Logo depois, a Praça Champ-de-Mars, onde está situada a Torre Eiffel, foi rapidamente esvaziada após pedestres descobrirem um saco de munições abandonado. Segundo informações da BFM TV, especialistas em materiais explosivos foram acionados. Passageiros foram rapidamente retirados da linha 9 do metrô, que teve a circulação interrompida até as 18h de Paris (14h de Brasília).

O jornalista Raphael Maillochon publicou no Twitter uma foto do material encontrado. Segundo ele, o saco de munições foi descoberto em torno das 15h10 de Paris (11h10 de Brasília). A polícia confirmou que o material é "operacional e de diferentes calibres".

Ameaça terrorista

A França vive novamente um contexto de forte ameaça terrorista desde que o jornal satírico Charlie Hebdo voltou a publicar as polêmicas caricaturas do profeta Maomé em setembro, quando teve início o julgamento dos cúmplices dos atentados de janeiro de 2015 em Paris.

Em 16 de outubro, o professor de História e Geografia Samuel Paty foi cruelmente assassinado em Conflans-Sainte-Honorine, na grande região parisiense, depois de ter exibido as caricaturas durante uma aula sobre liberdade de expressão.

Após uma homenagem nacional ao professor, o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu que a França continuará honrando a liberdade de expressão e não deixará de publicar desenhos de Maomé. A declaração enfureceu lideranças de países árabes, que afirmam que vão boicotar produtos franceses.

Nesta terça-feira, a emissora Franceinfo divulgou uma nota da polícia nacional francesa que afirma que a ameaça terrorista é "forte e constante" no país. Segundo o Ministério do Interior, um grupo ligado à Al-Qaeda lançou uma convocação para a realização de atentados individuais ou em grupos, com armas brancas e atropelamentos.

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